O dólar à vista bateu mínimas e caiu a R$ 3,85 após a divulgação do relatório de emprego dos Estados Unidos, com números abaixo do previsto. O documento mostrou criação de 75 mil vagas, enquanto a expectativa dos analistas de Wall Street era de 180 mil postos.
Os salários também subiram menos que o esperado, o que reforça apostas de corte de juros nos Estados Unidos pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano). O clima de bom humor no mercado brasileiro nesta sexta-feira, 7, também é reflexo da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de liberar o processo de venda de subsidiárias de estatais sem aval do Congresso Nacional.
O indicador mais esperado do dia, o relatório de emprego dos EUA, decepcionou. Além da menor criação de emprego, os salários dos americanos subiram menos (0,2%) do que o esperado (0,3%) em maio. “Os dados mais fracos que o esperado do payroll devem aumentar adicionalmente as apostas de que o Fed vai cortar juros antes do final do ano”, afirma o economista do banco canadense CIBC Capital Markets, Andrew Grantham.
No câmbio, o dólar operava em queda de 0,62%, a R$ 3,8590 às 9h55. Na mínima após a abertura, a moeda americana caiu a R$ 3,8555. No exterior, o índice DXY, que mede o comportamento do dólar ante divisas fortes, como o euro e a libra, aprofundou a queda, recuando 0,42%. O dólar também cai ante pares do real, como o peso mexicano e o argentino.
Operadores de câmbio destacam que a decisão do STF destrava a venda da TAG pela Petrobras por US$ 8,6 bilhões e pode representar a entrada de recursos externos no País. Dados do Ministério da Economia mostram que são 134 estatais com 88 subsidiárias, incluindo empresas que podem atrair estrangeiros, como as do Banco do Brasil, da Caixa, além de outras subsidárias da Petrobras.