Economia

Dólar cai, em dia de alívio para emergentes

O dólar chegou a subir mais cedo nesta quarta-feira,5, ante o real, mas firmou-se no terreno negativo no início da tarde, acompanhando o movimento da moeda americana ante a maior parte das divisas. O ambiente externo mais tranquilo deu espaço para recuperação de moedas emergentes, que vinham sofrendo nos últimos dias – subiram hoje, inclusive, o peso argentino e a lira turca, cujos países enfrentam sérios problemas econômicos.

A moeda americana à vista fechou em baixa de 0,23%, aos R$ 4,1425. Na mínima intraday, à tarde, chegou a R$ 4,1124 (-0,96%) e na máxima, logo na abertura dos negócios, alcançou R$ 4,1858 (+0,82%). O volume foi baixo, de US$ 254 milhões.

No caso da Argentina, o dólar passou a desvalorizar após o banco central do país ter ofertado US$ 100 milhões em leilão. Todo o montante foi tomado pelo mercado. “O leilão do BC argentino foi bem-sucedido e, além disso, as negociações do país com o FMI estão bem encaminhadas, o que permitiu que o peso se valorizasse hoje”, comentou Ricardo Gomes da Silva, diretor da corretora Correparti. O dólar terminou o pregão em baixa de 0,88% ante o peso argentino, para 38,6190 pesos.

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, afirmou na noite desta terça-feira que houve avanços importantes durante as conversas com autoridades argentinas e garantiu que os dois lados irão trabalhar para fortalecer “ainda mais” o programa do governo argentino respaldado pela instituição. No diálogo com o Fundo, que acontece desde ontem em Washington, o governo argentino espera obter um acordo complementar ao atual empréstimo de US$ 50 bilhões.

Robério Costa, economista chefe do Grupo Confidence, avaliou que a ausência de notícias ruins no exterior, sobretudo vindas da Argentina, foi o principal fator para a valorização de moedas emergentes nesta sessão. “O quadro eleitoral doméstico ficou em segundo plano”, afirmou.

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