O Banco Central oferta daqui a pouco (10h20) mais US$ 1 bilhão em leilão de linha com recompra e o dólar opera em baixa no mercado doméstico. Investidores estão atentos à melhora do humor no exterior diante da possibilidade de acordo comercial entre Estados Unidos e China.
Contudo, a cotação do dólar à vista segue acima do valor do dólar futuro julho, contrato mais negociado, em meio a sinais de continuidade de saídas de capitais estrangeiros do País por conta do fim de trimestre e semestre nesta sexta-feira (28/6, último dia útil do mês).
Por volta das 9h14, a taxa do dólar casado estava em -0,90 ponto, segundo a CM Capital Markets, o que equivale a uma taxa de cupom do dólar casado julho de 6,54%, informa o operador Thiago Silêncio, da CM Capital Markets.
“A taxa acima de 5% indica que ainda há demanda razoável por dólar à vista. A tendência é que assim que ocorrer a venda de linha pelo BC, essas taxas podem se acomodar para baixo”, comenta o profissional. “Em fim de trimestre e semestre costuma ter demanda sazonal e há pressão maior na compra à vista para remessas corporativas de lucros e dividendos ao exterior”, afirma ele. “Nos últimos dois dias do mês, com rolagens de contratos futuros, os valores de dólar casado e taxa de Fra de cupom ficam distorcidos, mas é uma questão técnica. Agora, ontem e hoje, o fato do dólar à vista estar superando a taxa do dólar futuro indica que há saída de capitais do País”, avalia o profissional. Mesmo que a reforma da Previdência tivesse sido aprovada, tudo indica que essa parcela de remessas de lucros e dividendos poderia ser mantida por causa de regras corporativas, diz o operador da CM Capital.
Às 9h34, o dólar à vista caía 0,26%, a R$ 3,8426. O dólar futuro para julho recuava 0,17%, a R$ 3,840.