Economia

Dólar cede a R$ 2,4140 em meio a especulação eleitoral

Após atingir o maior nível em quase oito meses no pregão de quinta-feira, 25, o dólar passou por um correção de baixa diante do real nesta sexta-feira, 26, na contramão do que foi verificado no exterior. O entendimento é de que a disparada recente da moeda dos EUA abriu espaço para uma realização, que foi estimulada por especulações em torno da pesquisa Datafolha, a ser conhecida na noite de hoje, e pela expectativa com o noticiário das revistas do fim de semana.

O dólar à vista no balcão terminou o dia com desvalorização de 0,66%, cotado a R$ 2,4140. Na mínima, a moeda foi cotada a R$ 2,4110 (-0,76%) e, na máxima, a R$ 2,4460 (+0,66%). O giro financeiro registrado na clearing de câmbio da BM&FBovespa era de US$ 1,888 bilhão às 16h30. No mesmo horário, no mercado futuro, o dólar para outubro caía 0,60%, a R$ 2,4155.

Apesar do viés de alta para o dólar ao redor do mundo, trazido pela última revisão do PIB dos EUA, o mercado doméstico reagiu apenas momentaneamente ao dado, levando a moeda ante o real para as máximas, o que suscitou, posteriormente, uma onda de vendas. A economia americana cresceu a uma taxa anualizada de 4,6% no segundo trimestre, ritmo mais rápido desde o quarto trimestre de 2011 e acima da leitura anterior, que apontava uma expansão de 4,2%. Em comparação com o mesmo período de 2013, o crescimento do PIB foi de 2,6% no segundo trimestre, após uma expansão de 1,9% no primeiro trimestre e de 3,1% no quarto trimestre de 2013.

Depois disso, os investidores se concentraram nas especulações em torno do que mostrará a pesquisa Datafolha, levando o dólar a renovar mínimas ao longo da tarde. A expectativa é de que o levantamento possa trazer uma piora de cenário para a presidente Dilma Rousseff (PT). As últimas pesquisas mostraram a candidata à reeleição e Marina Silva (PSB) tecnicamente empatadas em simulações de segundo turno.

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