O mercado de câmbio criou grandes expectativas para o fim de semana, por conta da ameaça de bombardeio à Síria e à pesquisa Datafolha sobre as eleições preferenciais, mas nesta segunda-feira, 16, fechou praticamente sem saber como reagir às duas notícias. No caso da Síria, prevaleceu a análise de que o ataque com mísseis dos Estados Unidos, França e Reino Unido na sexta-feira foi uma ação pontual e não o início de uma guerra – embora o tema ainda siga no radar.
Já o Datafolha não foi capaz de eliminar nenhuma incerteza em relação à eleição. “O Lula continua liderando, os candidatos de esquerda continuam com porcentuais próximo e Geraldo Alckmin não impressiona”, disse um operador. O interesse do mercado é conhecer a política fiscal dos candidatos com reais chances de chegar à Presidência, mas essa é uma informação que ainda parece estar distante.
“Fica difícil traçar um cenário para operar, o que seria até que normal a seis meses das eleições. Na verdade, o que está pouco normal este ano é o mercado já estar tão atrelado a esse evento em abril e sem que sequer estejam definidos os candidatos”, resumiu.
Com as notícias que pouco agregaram aos desenhos de cenário, a moeda americana passou o dia todo procurando uma tendência. Abriu em queda, seguindo o dia de recuperação de várias moedas hoje em relação ao dólar. No meio do pregão, por volta da hora do almoço, subiu – alguns operadores apontaram um fluxo de saída de recursos. Mas no fim do dia, se uniu à movimentação de outras moedas emergentes e encerrou em baixa, de -0,42%, cotada a R$ 3,4118.
Nos momentos em que se valorizou, o dólar continuou a encontrar resistência na casa dos R$ 3,43 – a moeda não se sustenta por muitos minutos acima desse patamar já desde os pregões da semana passada. A sessão de hoje não foi de fortes volumes para os negócios com o câmbio _ o segmento à vista movimentou US$ 1,3 bilhão e o dólar futuro girava cerca de US$ 13 bilhões, às 17h05.