O dólar fechou a sessão desta quarta-feira, 03, em baixa, pressionado pelas especulações eleitorais antes da divulgação de duas pesquisas mais tarde. Também contribuíram para a baixa da moeda norte-americana notícias de que o setor de serviços chinês registrou expansão em agosto e que a Rússia e Ucrânia estariam próximas de um acordo sobre um cessar-fogo permanente.
Os operadores também acompanharão a divulgação, na noite de hoje, de duas pesquisas eleitorais: a Ibope, às 18h, e Datafolha, que ainda não tem horário definido. Especula-se que os levantamentos confirmarão que a candidata do PSB, Marina Silva, lidera a disputa presidencial pela primeira vez.
Em entrevista ao site de notícias G1, Marina lamentou a postura do PT e da candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) de tentarem associá-la à imagem de salvadores da pátria que não concluíram seus mandatos – Jânio Quadros e Fernando Collor. “Infelizmente quem está querendo ressuscitar o medo é a presidente Dilma”, disse. “A pior coisa na política é o medo”, completou.
As especulações em torno do avanço de Marina nas pesquisas contribuíram para o recuo do dólar ante o real. Alguns analistas afirmaram que a moeda poderá recuar ainda mais, se os levantamentos continuarem confirmando a possível vitória da candidata nas eleições de outubro.
A queda do dólar no mercado de câmbio doméstico esteve em sintonia com o recuo ante outras moedas emergentes e ligadas à commodities visto no exterior. Essas divisas foram beneficiadas pelo relatório que mostrou alta do índice PMI do setor de serviços da China, medido pelo banco HSBC, a 54,1 em agosto e pelo alívio das tensões no leste Europeu, após a Rússia e a Ucrânia anunciarem que estão próximas de fechar um acordo para um cessar-fogo permanente nos confrontos que vêm provocando turbulência para as economias europeias.
No fim do dia, o dólar à vista fechou negociado a R$ 2,2350 (-0,40%). O volume de negócios somou US$ 1,19 bilhão. No mercado futuro de câmbio, o dólar para outubro recuava 0,38%, a R$ 2,2510.