Economia

Dólar fecha em baixa de 0,87%, cotado a R$ 3,3807

O dólar à vista fechou em queda de 0,87% nesta quarta-feira 18, cotado a R$ 3,3807, distanciando-se dos R$ 3,40. Na mínima do dia, a moeda foi vendido a R$ 3,3736 (-1,08%). O petróleo WTI teve alta de 2,93%, após o governo americano apontar redução em seus estoques além do esperado pelo mercado.

De acordo com um gestor de banco, o mercado identificou realização de lucros hoje, mas o comportamento do dólar em relação ao real foi semelhante ao que a moeda apresentou em relação a outras de países emergentes. Ele também destacou, porém, que esses pregões também não estavam com grande liquidez.

O especialista ressaltou que os dados de fluxo financeiro, divulgados às 12h30, também deram uma sensação de “melhora de clima” para o câmbio. Segundo o BC, entre os dias 9 e 13 de abril, o fluxo cambial ficou positivo em US$ 3,050 bilhões, sendo US$ 1,449 bilhão no fluxo comercial e US$ 1,601 bilhão no financeiro.

Diante da falta de notícias mais relevantes, os investidores resolveram hoje repensar a relação com a eventual candidatura do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa. Há alguns dias, o mercado chegou a ficar relutante com uma possível chapa Barbosa-Marina. Mas, agora, começou a esboçar uma visão “um pouco mais positiva”, como definiu um operador, de que Barbosa não representaria exatamente uma “guinada à esquerda” – embora também não seja um reformista “a la Alckmin”, ainda o “preferido” do mercado. O colunista do Broadcast Fábio Alves destacou que a escolha do economista de Barbosa será acompanhada com lupa pelo mercado. “O nome é Paulo Hartung”, cravou um renomado economista brasileiro a esta coluna, escreveu Alves. Hartung (MDB) é o atual governador do Espírito Santo e amplamente conhecido como um político de perfil fiscalista – na última entrevista de Barbosa, concedida ao jornal Valor Econômico ano passado, Barbosa citou Hartung.

Na reta final do pregão, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, durante discurso em reunião no FMI, voltou a falar sobre o câmbio. Ele lembrou que o regime de câmbio flutuante não evita que o BC use instrumentos para conter a volatilidade excessiva. Reafirmou que o País tem US$ 380 bilhões em reservas, que funcionam como seguro para períodos de turbulência no mercado. E disse, ainda, que o sistema financeiro e o setor corporativo estão resilientes a flutuações do câmbio.

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