O maior apetite ao risco desencadeado por uma série de indicadores econômicos positivos levou o dólar a cair frente a várias moedas, incluindo o real. O otimismo em relação ao crescimento da economia mundial, aliado a notícias favoráveis também no campo doméstico, fez a moeda americana à vista fechar na casa dos R$ 3,23, no menor patamar em quase um mês, depois de ter atingido os R$ 3,22 no intraday. Foi a terceira queda seguida da moeda, que acumula perda de 2,45% neste início de 2018.
O dólar à vista fechou em baixa de 0,25%, a R$ 3,2342, no menor valor desde 6 de dezembro de 2017 (R$ 3,2339). O giro foi de US$ 1,085 bilhão. Na mínima, atingiu R$ 3,2226 (-0,61%) e, na máxima, R$ 3,2428 (+0,01%).
“Tivemos várias notícias positivas no âmbito doméstico nos últimos dias, como o não rebaixamento do Brasil pela S&P e a balança comercial recorde em 2017, o que fez o mercado iniciar o ano com o pé direito”, comentou Alessandro Faganello, operador da Advanced Corretora. “Isso, aliado aos PMIs (índices de gerentes de compras) fortes de vários países, contribuiu para a queda do dólar frente ao real”, disse, ressaltando, porém, que os volumes negociados no mercado de câmbio neste início de ano são mais fracos.
Completou o cenário favorável a alta do petróleo no mercado internacional. Os protestos no Irã e o aumento da demanda pela commodity com o frio intenso nos Estados Unidos e Europa, entre outros fatores, mantêm os preços do petróleo em níveis elevados.