Após ter subido pela manhã desta sexta-feira, 5, com a expectativa em torno do payroll (o relatório de emprego nos Estados Unidos) de dezembro, o dólar firmou-se no campo negativo na parte da tarde, encerrando a sessão em leve baixa. Como a criação de empregos no mercado americano ficou abaixo do esperado por analistas, foi aberto espaço para a manutenção do otimismo global e do maior apetite ao risco, com a queda da moeda americana frente a moedas de países emergentes, a despeito do recuo dos preços do petróleo. Na primeira semana do ano, o dólar à vista acumulou queda de 2,47%.
“O mercado está se acomodando, com o cenário externo tranquilo e o lado interno mostrando sinais de recuperação”, comentou Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora. “Sem novidades, não deve haver grande oscilação neste início de ano, pois normalmente janeiro é um mês tranquilo, de baixos volumes”, acrescentou.
Entre as notícias positivas no cenário doméstico está a produção industrial, que subiu 0,2% em novembro de 2017 ante outubro, na série com ajuste sazonal, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi melhor que a mediana das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, calculada em -0,15%, a partir do intervalo que previa de uma queda de 0,80% a uma expansão de 1%. Em relação a novembro de 2016, a produção cresceu 4,7%, também acima da mediana das previsões.
O dólar à vista terminou em baixa de 0,02%, a R$ 3,2337, no menor patamar desde 28 de novembro de 2017 (R$ 3,2131). O giro foi de US$ 803,032 milhões. Na mínima, chegou a R$ 3,2268 (-0,23%) e, na máxima, R$ 3,2492 (+0,46%).