Economia

Dólar recua, em linha com moedas de países emergentes e sinal do BC

O dólar sustentou-se em queda ante o real no período da tarde desta terça-feira, 7, ainda amparado na trajetória de baixa ante moedas de economias emergentes e ligadas a commodities e na interpretação do mercado sobre a fala do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, sobre o estoque de swaps cambiais, em evento na segunda-feira, 6, à noite. Tais fatores, que já predominavam desde a parte da manhã, levaram a moeda americana a devolver os ganhos da véspera, em meio ainda a um fluxo levemente positivo.

O dólar à vista fechou em baixa de 0,30%, aos R$ 3,1187. Oscilou da máxima de R$ 3,1317 (+0,12%) à mínima de R$ 3,1127 (-0,49%). O volume financeiro foi de aproximadamente US$ 894 milhões. Em março, a moeda apura alta de 0,30% e em 2017, queda de 4,10%. No segmento futuro, o dólar caiu 0,60%, para R$ 3,1420, no contrato com vencimento em abril. O volume somou US$ 10,787 bilhões.

“Tivemos o movimento externo e a interpretação da fala do Ilan sobre swap. Somando as duas coisas, o real conseguiu recuperar parte da perda de ontem”, resumiu o sócio-gestor da Absolute Invest, Roberto Serra.

A maioria das moedas de países emergentes sustentava valorização ante o dólar ao longo da tarde, mesmo depois da inversão do sinal positivo das cotações do petróleo, que passaram a cair.

Internamente, ontem o presidente do BC disse que ter reduzido o estoque de swap de US$ 108 bilhões para US$ 22 bilhões “traz mais conforto”, porém, isso não significa que a autarquia não voltará a diminuir o tamanho do estoque de swaps cambiais no futuro. “Isso sugere que as rolagens devem continuar no curto prazo, mesmo que parciais”, afirmou o economista Silvio Campos Neto, da Tendências.

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