O dólar começou a sessão desta quinta-feira, 2, em queda frente o real, pressionado pelo viés de baixa da moeda predominante no exterior. Segundo operadores, o ajuste negativo continua hoje em meio a expectativas de manutenção de juros nos EUA também nas próximas reuniões do Federal Reserve – março e junho -, o que tende a apoiar a continuidade da migração de recursos estrangeiros para mercados emergentes com taxas atrativas, como o brasileiro.
Às 9h25 desta quinta, o dólar à vista no balcão caía 0,85%, a R$ 3,1165. No mercado futuro, o dólar para março recuava 0,44%, a R$ 3,1365. A moeda norte-americana também perdia terreno ante a maioria das divisas emergentes, como o peso mexicano (-0,72%), o rublo russo (-0,55%) e a lira turca (-0,95%).
Na quarta-feira, dia 1º, o Fed manteve sua política monetária inalterada e afirmou que o crescimento econômico segue moderado no país, enquanto as expectativas de inflação devem atingir a meta de 2% no médio prazo.
O comunicado continuou a sinalizar que o aperto dos juros deverá ser gradual, mas não trouxe pistas sobre quando ocorrerá a próxima alta. O documento apontou que os riscos de curto prazo para a perspectiva econômica estão “equilibrados”. O BC norte-americano prevê ainda que o mercado de trabalho se fortaleça um pouco mais, com geração “sólida” de empregos.
Ainda na agenda externa, às 10h será divulgada a decisão de política monetária do Banco da Inglaterra (BoE). Logo na sequência, às 10h15, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, faz um discurso.
Internamente, os investidores aguardam a eleição na Câmara dos Deputados – o favorito é o atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ) – e a escolha do novo relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), que deve ser escolhido por sorteio entre os membros da 2ª Turma. Além disso, o Tesouro faz leilão de LTN e NTN-F, às 11h30.