Economia

Dólar se ajusta e cai 0,23%, a R$ 3,24, com menor tensão em NY

Depois de ter subido mais de 2,5% nas duas sessões anteriores, o dólar à vista encontrou espaço para uma pequena correção e terminou esta terça-feira, 6, em leve baixa. O nervosismo que tomou conta dos mercados globais na véspera perdeu parte da força e favoreceu a recuperação das moedas emergentes, incluindo o real. Internamente, contribuiu o leilão de US$ 475 milhões em contratos de swap cambial, em operação de rolagem anunciada pelo Banco Central pela manhã. A reforma da Previdência ficou em segundo plano.

A volatilidade ainda se fez presente nos negócios, principalmente no período da manhã, evidenciando o forte sentimento de incerteza quanto aos efeitos de um possível superaquecimento da economia dos Estados Unidos. O dólar abriu em alta e alternou sinais positivos e negativos até o período da tarde, quando firmou-se em leve baixa. No fechamento, a divisa foi cotada a R$ 3,2428, com recuo de 0,23%. Na máxima intraday, atingiu R$ 3,2787 (+0,87%). Na mínima, foi cotada a R$ 3,2376 (-0,39%).

Profissionais do mercado observaram ingresso de recursos externos ao Brasil, boa parte direcionado ao mercado de ações. O Índice Bovespa, que chegou a cair no início do dia, inverteu o sinal no início da tarde e consolidou expressiva alta até o encerramento do pregão. Já as bolsas de Nova York tiveram intensa volatilidade, conservando a cautela do investidor.

“Aparentemente o mercado se ajustou ao movimento de segunda-feira, favorecido pela melhora das bolsas americanas e o leilão de swap, que mostrou um Banco Central preocupado com a tensão”, disse Durval Corrêa, operador da corretora Multimoney. Mas o profissional pondera que ainda há diversas dúvidas quanto ao caminho que os mercados americanos tomarão, o que mantém o clima de incerteza no ar. “Hoje foi um dia de correção, levando em conta que câmbio e bolsa foram bastante castigados”, afirmou.

No mercado futuro, o dólar para liquidação em março fechou cotado a R$ 3,2435, em baixa de 0,86%. Os negócios do futuro foram robustos e somaram US$ 29 bilhões, ante US$ 20 bilhões na véspera. No câmbio à vista, o volume de negócios somou US$ 1,423 bilhão, segundo dados da B3.

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