Economia

Dólar segue em baixa ajudado pelo exterior e oferta de hedge do BC

O mercado de câmbio segue reduzindo posições compradas em meio ao dólar mais fraco no exterior e a continuidade da oferta extra de 15 mil contratos de swap cambial (R$ 750 milhões) às 9h30 e do leilão de rolagem de 4.225 contratos (US$ 211,2 milhões) do vencimento de 1º de junho (11h30).

A alta de commodities, como o petróleo, também é precificada. Às 9h47 desta terça-feira, 22, o dólar à vista caía 0,95%, aos R$ 3,6491. O dólar futuro de junho recuava 0,77% neste mesmo horário, aos R$ 3,6520.

Os investidores locais estão monitorando a reunião do ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, com o presidente da Petrobras, Pedro Parente, e o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, para discutir o aumento dos preços dos combustíveis, diante da pressão da greve de caminhoneiros. O encontro começou pouco depois das das 9h40 em Brasília.

Coincidência ou não, a Petrobras anunciou mais cedo que, no reajuste que entrará em vigor nesta quarta-feira (23), o preço médio do litro da gasolina A sem tributo nas refinarias será de R$ 2,0433, queda de 2,08% em relação à média atual de R$ 2,0867.

Essa é a primeira queda após cinco dias consecutivos de alta. No mês de maio, porém, o combustível acumula alta de 13,6%. Já o valor médio nacional do litro do diesel A caiu para R$ 2,3351, 1,54% menor do que a medida atual de R$ 2,3716. Mas, no mês, o produto acumula alta de 10,6%.

Desde julho do ano passado, quando a Petrobras começou a promover reajustes diários dos preços dos derivados de petróleo, a estatal já elevou o preço do óleo diesel em suas refinarias 121 vezes, o que representou uma alta de 56,5%, segundo cálculo do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).

Lá fora, o dólar está mais fraco ante moedas principais, após um acordo preliminar entre Estados Unidos e China para encerrar um impasse envolvendo a gigante de equipamentos de telecomunicação chinesa ZTE, em um momento em que os dois lados buscam reduzir tensões comerciais.

Além disso, várias moedas de países emergentes e ligados a commodities em geral mostram alta diante da divisa americana. A lira turca, porém, recua e atingiu nova mínima histórica ante o dólar mais cedo. “As moedas de emergentes vulneráveis com questões específicas substanciais continuam a ter um desempenho mais fraco”, afirma o ING.

O dólar atingiu máxima histórica, a 4,6506 liras turcas, mas recuava ante, por exemplo, o rublo russo, o dólar australiano e o canadense, a rupia indiana, o rand sul-africano e o peso mexicano.

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