Economia

Dólar segue em baixa ante real após medidas de estímulos da China

O dólar volta a operar com viés de baixa nesta quarta-feira, 9. Em dia de agenda fraca, os investidores reagem ao clima externo positivo após a China anunciar que irá implementar uma política fiscal “mais vigorosa” para estimular o seu crescimento econômico.

Entre as medidas, Pequim informou que vai destinar mais recursos para apoiar alguns projetos de infraestrutura, promover cortes de impostos para pequenas empresas e acelerar o processo de aprovação de lojas livres de tributos, numa tentativa de impulsionar o setor de construção.

No entanto, as preocupações internas com o ajuste fiscal do governo brasileiro permanecem como pano de fundo e limitam os ajustes iniciais, segundo operadores do mercado.

Além disso, o dólar acumulou “gordura” recentemente e a correção ainda pode ser maior,, disse um operador.

Às 9h23, o dólar à vista estava na mínima, a R$ 3,7880, com baixa de 0,79%. O dólar futuro para outubro recuava 0,83%, a R$ 3,8180.

Na terça-feira, 8, à noite, o vice-presidente, Michel Temer, e os presidentes do Senado e da Câmara se posicionaram contra aumento de impostos, que estão em estudo pelo governo para tentar diminuir o déficit nas contas públicas.

Mesmo com o apelo de seis dos sete governadores do PMDB pelo aumento de impostos, ou mesmo a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) em busca de receitas extras em meio à crise econômica, Temer garantiu em jantar na terça que qualquer solução nesse sentido virá do governo e que, pessoalmente, defende corte de gastos. Segundo relato de alguns presentes no jantar, além de afirmarem que não dá para cortar despesas, como defende Temer, governadores reclamaram da queda nas receitas por conta da crise econômica.

Posso ajudar?