Economia

Dólar sobe ante o real com swaps e cenário externo

O dólar encontrou nesta sexta-feira, 3, suporte no exterior e no próprio Brasil para subir ante o real durante toda a sessão. A decisão de ontem do Banco Central, de reduzir a rolagem dos contratos de swap que vencem em agosto, trazia um viés de alta para a moeda americana, assim como a cautela em relação à situação grega antes do fim de semana e os números ruins divulgados na China.

O dólar à vista de balcão fechou em alta de 1,23%, aos R$ 3,1360. Na semana, a moeda americana acumulou avanço de 0,26%. No mercado futuro, a moeda para julho – que encerra apenas às 18 horas – avançava 1,21% por volta das 16h45, aos R$ 3,1680.

Na noite de ontem, o Banco Central anunciou a redução do leilão de contratos de swap para rolagem dos vencimentos de agosto, de 7,1 mil contratos para 6 mil contratos. Com isso, a instituição indica a intenção de rolar, caso o ritmo diário seja mantido, 128.200 contratos (US$ 6,410 bilhões ou 60%) do total de 213.500 contratos (US$ 10,675 bilhões) que vencem em agosto. O restante – 85.300 contratos (US$ 4,265 bilhões ou 40%) – será recolhido do sistema.

Na manhã de hoje, os investidores já ajustavam posições em relação à esta rolagem. Tanto que na mínima do dia, vista às 9h16, o dólar estava no território positivo, nos R$ 3,1170 (+0,61%). Depois disso, subiu ainda mais e renovou máximas em diferentes momentos. No auge do dia, às 15h18, marcou R$ 3,1400 (+1,36%).

O fato de a liquidez estar reduzida hoje, principalmente durante a tarde, por conta do feriado em Nova York, intensificou as oscilações. Além disso, investidores buscavam dólares antes do fim de semana, preferindo esperar os desdobramentos da crise grega na segurança da divisa dos EUA.

Isso porque ninguém sabe qual será o resultado do plebiscito de domingo na Grécia, que avalia a disposição do povo em aceitar as condições impostas pelos credores, nem se o país seguirá na zona do euro. O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da China também não agradou (foi de 53,5 em maio para 51,8 em junho), conforme o HSBC, o que penaliza moedas como o real.

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