Economia

Dólar sobe com dados dos EUA e declarações da presidente do Fed sobre juros

As declarações da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, no começo da tarde foram fundamentais para firmar o avanço do dólar nesta quarta-feira, 4. O dólar comercial fechou a sessão com valorização de 0,64%, a R$ 3,7968. Na mínima, marcou R$ 3,7471 e, na máxima, R$ 3,8138. No mercado futuro, a moeda para dezembro subia 0,66% às 17h17, a R$ 3,826.

Yellen sinalizou hoje que os juros norte-americanos podem mesmo começar a ser elevados ainda em 2015. Segundo ela, quanto mais cedo o aumento tiver início, mais gradual será a trajetória de aperto monetário. Mesmo fazendo o mea-culpa de que nada ainda está decidido, a dirigente do BC norte-americano afirmou que, “se elevarmos os juros em dezembro, será com base em expectativas justificadas de inflação, de que o mercado de trabalho está melhorando e os fatores transitórios estão desaparecendo, e que com isso a inflação vai subir para 2%”. “Mas é claro que se elevarmos e a expectativa não for atingida, podemos ajustar a política apropriadamente”, emendou.

Além da fala dela, o mercado de câmbio foi influenciado por números positivos sobre a economia norte-americana. Entre eles, os números do mercado privado de trabalho divulgados pela ADP, que mostraram a abertura de 182 mil vagas em outubro, ligeiramente acima das projeções. Pela manhã, a moeda caía, dando continuidade à trajetória da véspera, mas foi perdendo força à medida que iam saindo os indicadores dos EUA.

Os dados do fluxo cambial foram apenas monitorados. O País registrou saída líquida de US$ 3,500 bilhões em outubro, resultado de fluxo negativo de US$ 3,263 bilhões pela via financeiro e negativo de US$ 237 milhões pela comercial. Apenas na semana passada, houve saída líquida total de US$ 2,318 bilhões. No ano, o saldo ainda é positivo, com entradas líquidas de US$ 7,665 bilhões no País.

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