O dólar retoma a alta ante o real na manhã desta sexta-feira, 4, após ter recuado na véspera acompanhando o exterior e ajudado por intervenção do Banco Central no mercado futuro de câmbio. O ajuste ocorrido há pouco está em linha com a valorização da moeda americana ante o euro, a libra e divisas ligadas a commodities no exterior em meio ao compasso de espera dos investidores em geral pelo relatório de empregos dos Estados Unidos de abril, conhecido por payroll.
Se os resultados vierem em linha ou acima do esperado, podem dar fôlego aos ativos americanos, como dólar e juros dos Treasuries, com possível consequente pressão de baixa nas bolsas. Do contrário, podem reforçar a sinalização para o gradualismo do Federal Reserve, ou Fed, como é conhecido o banco central americano, na condução da política monetária.
Para o número de postos de trabalho criados em abril nos EUA, as estimativas dos analistas são de +195 mil, ante +103 mil registrados em março; para a taxa de desemprego, alta de 4,0%, ante 4,1% no mês anterior; e para o salário médio por hora, aumento de 0,2%. Em março, o valor do salário médio por hora foi de US$ 26,82.
Mais cedo, faltando poucas horas para divulgação do relatório de emprego dos Estados Unidos, o presidente americano, Donald Trump, comemorou em sua conta no Twitter a saúde do mercado de trabalho do país. “Os empregos nos EUA estão indo tão bem, que o número de americanos recebendo auxílio-desemprego é o mais baixo desde 1973. Ótimo!”, escreveu Trump.
O presidente se referiu ao indicador publicado na quinta-feira, 3, pelo Departamento do Trabalho, que mostrou que o número de pedidos de auxílio-desemprego permanece em níveis historicamente baixos. A média móvel das últimas quatro semanas, calculada para reduzir a volatilidade do dado, recuou 7.750 na última semana, para 221.500, o menor valor desde 3 de março de 1973.
Às 9h29 desta sexta-feira, o dólar à vista subia 0,65%, aos R$ 3,5470. O dólar futuro para junho estava em alta de 0,52% neste mesmo horário, aos R$ 3,5570.
