Economia

Dólar sobe com incertezas em quadro eleitoral

O acidente envolvendo o presidenciável Eduardo Campos conduziu os negócios nos mercados domésticos nesta quarta-feira, 13. Depois do estresse imediato à confirmação da morte do candidato do PSB à Presidência, com o dólar saindo do negativo para o positivo, a moeda se acomodou novamente em baixa, para depois ter nova esticada no final da sessão, reagindo aos prováveis desdobramentos no jogo eleitoral.

O dólar comercial registrou ganho de 0,13%, a R$ 2,2820. Na mínima da sessão, pela manhã, a moeda marcou R$ 2,2630 (-0,70%) e, na máxima, por volta de 12h30, registrou R$ 2,29 (+0,48%). O giro totalizou US$ 964,3 milhões, sendo US$ 893,5 milhões em D+2. No mercado futuro, o dólar para setembro estava em +0,15%, a R$ 2,2935.

Os profissionais não trouxeram novidades para explicar a puxada da moeda norte-americana na reta final da sessão regular. “Não tenho dúvidas de que, se não fosse a morte de Campos, o dólar poderia estar abaixo dos R$ 2,28”, comentou um profissional, já que a moeda pela manhã recuava, acompanhando o comportamento visto pelo dólar no exterior ante outras moedas emergentes.

As justificativas que permearam os negócios hoje giraram todas em torno do quadro eleitoral, agora sem Eduardo Campos. O mercado trabalha com a hipótese de Marina Silva, vice de Campos na chapa do PSB, ser a nova candidata, o que poderia agregar votos e complicar a candidatura de Aécio Neves.

O mercado acredita que apesar de Marina poder roubar votos de Aécio – da mesma forma que de Dilma – não deve prejudicar a realização de um segundo turno. Christopher Garman, da Eurasia, avaliou nesta tarde que a chance para ambos irem ao segundo turno está empatada em 50%. A hipótese que mais desagrada ao mercado, num primeiro momento, é a possibilidade de não haver segundo turno. E, havendo, começará a haver a contabilização da hipótese de Aécio não estar nele. Esse quadro gerou ainda mais cautela.

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