Economia

Dólar sobe com rolagem parcial de swaps

O dólar fechou em alta pela terceira sessão seguida nesta terça-feira, 4, ajudado pelo mau humor dos investidores com a decisão do Banco Central rolar parcialmente os contratos do swaps cambiais e os dados fracos da produção industrial de outubro. Os ganhos da moeda no fechamento foram mais moderados que os vistos na primeira parte da sessão, à medida que os investidores realizaram alguns ajustes depois de a moeda atingir a máxima de R$ 2,53.

No fim do dia, o dólar subiu 0,24%, a R$ 2,5090. Na máxima da sessão, a moeda foi cotada a R$ 2,5310, e na mínima, R$ 2,4950. O volume de negócios totalizou US$ 569 milhões, sendo US$ 467 milhões em D+2. No mercado futuro, o dólar para dezembro subia 0,52%, para R$ 2,5285, por volta das 16h40.

A decisão do BC de rolar parcialmente o vencimento de swap de dezembro desagradou aos agentes do mercado, que esperavam uma medida mais agressiva para conter a valorização do dólar. Em dezembro, estão previstos vencimentos de 196.620 contratos (US$ 9,831 bilhões), mas se o BC mantiver a oferta diária de 9 mil contratos (US$ 450 milhões), feita hoje em sua primeira tranche, serão rolados apenas 162 mil contratos, ou US$ 8,100 bilhões até o fim do mês. Cerca de US$ 1,7 bilhão, portanto, podem ser retirados do sistema e isso acentua a inquietação dos agentes financeiros, se o BC não mudar sua decisão.

No leilão tradicional de contratos de swaps cambiais programados para hoje, o BC vendeu os 4 mil contratos ofertados, para dois vencimentos, com total de US$ 197,8 milhões. Também na primeira tranche de rolagem do vencimento de swap de dezembro, no fim da manhã, a autoridade vendeu a oferta integral de 9 mil contratos, com valor de US$ 439,9 milhões.

Os dados da produção industrial, divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), também contribuíram para o avanço do dólar. A produção industrial caiu 0,2% em setembro ante agosto, na série com ajuste sazonal. O resultado veio perto do piso do intervalo de expectativas coletadas pelo AE Projeções, que iam de queda de 0,30% a expansão de 2,00%, com mediana positiva de 0,20%. O dado de agosto ante julho foi revisado de alta de 0,7% para avanço de 0,6%. No ano, a produção da indústria acumulou queda de 2,9%.

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