O dólar voltou novamente a encostar no patamar de R$ 2,50 na Sessa desta quarta-feira, 22, renovando a máxima cotação do dia no período da tarde e depois de operar na maior parte do dia com bem menos pressão. Em dois momentos, inclusive, a moeda chegou a recuar, mas o ritmo não se sustentou. O cenário eleitoral doméstico e a elevação da divisa dos EUA no exterior justificaram o comportamento do câmbio doméstico.
O dólar terminou o dia em alta de 0,57%, cotado a R$ 2,4880. Na mínima do dia, registrou R$ 2,4660 (-0,32%) e, na máxima, a R$ 2,4920 (+0,73%). Perto das 16h30, o giro negociado totalizava US$ 1,359 bilhão, sendo US$ 1,333 bilhão em D+2. No mercado futuro, o dólar para novembro registrava ganho de 0,22%, a R$ 2,4950.
O giro nesta sessão foi mais contido, uma vez que os investidores optaram pela cautela em meio ao quadro eleitoral ainda incerto. As últimas pesquisas de intenção de voto mostraram Dilma Rousseff numericamente à frente de Aécio Neves, mas os dois seguem tecnicamente empatados. O Datafolha divulgado esta madrugada trouxe que o placar se manteve em 52% a 48% dos votos válidos, mas na contagem de votos totais Dilma avançou um ponto porcentual. Por essa razão, o mercado aguarda novos levantamentos – dois deles sairão amanhã, do Ibope/Estadão/TV Globo e Datafolha. Na sexta-feira, acontece o último debate entre os candidatos.
Hoje saiu o resultado semanal do fluxo cambial, na hora do almoço, com o ingresso líquido de US$ 1,405 bilhão no País. Esse resultado, segundo profissionais, decorre da internalização de recursos da Vale, que paga dividendos no próximo dia 31. Como o caixa da Vale é dolarizado, ela ingressa com recursos no País via exportação.
No exterior, a moeda sobe ante divisas de emergentes. Foi divulgada nos EUA a inflação ao consumidor, que ficou em +0,1% em setembro ante agosto, em linha com as previsões. O núcleo também veio em linha, ao variar +0,1%. Na comparação anual, o CPI e o núcleo do indicador avançaram 1,7% em setembro. A meta de inflação definida pelo Fed como sinal de estabilidade dos preços e crescimento saudável da economia é de 2%.
Os dados de hoje reforçam a expectativa de que o Fed anuncie na reunião da próxima semana (28 e 29) o fim das compras de ativos.