A tendência principal para o dólar no exterior era de alta ante as demais divisas de países emergentes e ante o euro nesta sexta-feira, 26. No Brasil, a moeda americana oscilou em margens estreitas, mas se firmou em alta no período da tarde, completando a quarta sessão consecutiva de ganhos. Contudo, o movimento foi mais brando do que o visto lá fora, até porque a moeda americana já havia subido muito nos últimos dias por aqui.
Alguns fatores técnicos também limitaram o avanço, como o início da movimentação dos investidores vendidos (que apostam na baixa da moeda) em torno do vencimento de contratos cambiais na semana que vem. Outro limitador da alta no mercado à vista foi o fato de o dólar futuro ter mostrado recuo ao longo da sessão, devolvendo os ganhos registrados no final da tarde de ontem, quando os negócios no balcão já haviam sido encerrados.
O dólar à vista de balcão subiu 0,26% hoje, aos R$ 3,1280, acumulando ganhos de 0,87% na semana e de 1,53% nos últimos quatro dias. No mercado futuro – o mais líquido e que serve de principal referência para os negócios -, o dólar para julho cedia 0,11% no fim da tarde, aos R$ 3,1300.
Já a decisão de ontem do Conselho Monetário Nacional (CMN) de reduzir de 2 pontos porcentuais para 1,5 ponto a banda de tolerância da inflação em 2017, para cumprimento da meta de 4,5%, foi bem recebida pelo mercado financeiro, mas não chegou a definir a oscilações no câmbio brasileiro.
O dólar à vista de balcão marcou a máxima de R$ 3,1430 (+0,74%) às 9h06 e, ainda pela manhã, às 11h13, atingiu a mínima de R$ 3,1200 (estável ante o fechamento de ontem). O giro financeiro à vista era limitado, perto de US$ 1,269 bilhão próximo das 16h30. Já o dólar futuro para julho havia movimentado cerca de US$ 14 bilhões.
No exterior, perto das 16h30, o dólar subia 1,11% ante o dólar australiano, tinha alta de 0,47% ante o neozelandês, subia 0,86% ante o rand sul-africano e avançava 0,42% ante a lira turca – moedas de países ligados a commodities e que, hoje, apresentaram uma tendência comum.