O dólar terminou esta segunda-feira, 30, sua quarta sessão consecutiva em elevação, o que o levou a terminar novembro com alta de 0,45%. O risco político ganhou novos contornos, depois de novas denúncias envolvendo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o banqueiro André Esteves.
Apenas hoje, a moeda subiu 1,26%, para R$ 3,8770. Oscilou entre a mínima de R$ 3,8375 e a máxima de R$ 3,9470. No ano, sobe 45,81%. No mercado futuro, a divisa para janeiro – a mais líquida a partir de hoje – subiu 0,62%, a R$ 3,9065.
O mercado já repercutiu logo cedo a denúncia de que o André Esteves teria pago R$ 45 milhões para Eduardo Cunha para que o parlamentar garantisse a aprovação de uma emenda a uma medida provisória que atendia aos interesses do banqueiro. Este, por sua vez, teve sua prisão temporária convertida em preventiva.
Além de Cunha e Esteves, os investidores em câmbio continuam buscando segurança de olho nos desdobramentos da prisão do senador Delcídio Amaral. Eles também miram a visita da S&P ao Brasil a partir de amanhã.
Apesar do risco político, a disputa pela Ptax de fim de mês e os leilões de linha do Banco Central seguraram um pouco as cotações, mas isso não impediu que a moeda terminasse no maior valor desde 28 de outubro.
A Ptax do encerramento do mês ficou nos R$ 3,8506 (+2,96% no dia e -0,22% em novembro). Já o Banco Central, no leilão de linha A (recompra em 2 de fevereiro de 2016), informou uma taxa de corte de 7,1513 pontos; no B (4 de abril de 2016), de 13,8158 pontos. A taxa de venda nas duas operações foi a Ptax de hoje. Considerando os resultados em pontos, o BC recomprará as divisas ligadas ao leilão A por R$ 3,9221 e ao leilão B por R$ 3,9888.