O dólar à vista no balcão começou a sexta-feira, 29, em baixa, seguindo o comportamento da moeda em relação a divisas de países emergentes e produtores de commodities no exterior. No cenário internacional, o apetite ao risco aumentou após o Banco Central do Japão seguir mais cedo a Europa ao adotar pela primeira vez uma taxa de juros negativa no país. Nesta sexta, contudo, o dólar inverteu a direção ante o real e passou a exibir ligeira alta.
A pressão foi gerada pela disputa entre “comprados” e “vendidos” em contratos cambiais, visando a formação da Ptax diária. Última de janeiro, ela será definida e anunciada após às 13 horas.
Às 9h36, o dólar à vista subia 0,17%, cotado a R$ 4,0892. Na abertura, foi negociado a R$ 4,0586, em baixa de 0,58%. No mercado futuro, o dólar com vencimento em março, que passa a concentrar a liquidez a partir desta sexta, avançava 0,45%, a R$ 4,1230.
O BOJ surpreendeu os mercados na manhã desta sexta, numa decisão por 5 votos a 4, ao cortar sua taxa de depósitos para reservas excedentes, de 0,1% para -0,1%, seguindo estratégia adotada pelo Banco Central Europeu (BCE) e pelos BCs da Suécia, Dinamarca e Suíça.
Antes do anúncio do BoJ, o Banco Central da China (PBoC) continuou a injetar liquidez no mercado financeiro – 100 bilhões de yuans (US$ 15,21 bilhões), na primeira operação após o BC chinês informar ontem que atuaria excepcionalmente até 19 de fevereiro para prover liquidez.