O dólar opera em baixa moderada no mercado doméstico e chegou a tocar a estabilidade pouco antes do fechamento deste texto, mas retomou a queda, em meio a novos estímulos à economia da China e um persistente otimismo nos mercados internacionais depois do acordo imigratório entre EUA e México.
Internamente, o recuo da moeda americana frente o real é contido porque os investidores estão à espera de uma reunião entre o ministro da Justiça, Sergio Moro, e o presidente Jair Bolsonaro, no Palácio da Alvorada nesta manhã.
Líderes dos partidos de oposição também se reúnem para debater medidas a serem tomadas no caso do vazamento de mensagens de Moro e do procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol (10h30).
Os ajustes também são moderados diante da expectativa do desfecho da reunião dos governadores, para decidir se apoiam a manutenção de estados na reforma da Previdência.
Está no radar também o julgamento pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de um recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado no âmbito da Operação Lava Jato, que pode colocá-lo em liberdade. Integrantes do Supremo ouvidos reservadamente pela reportagem acreditam que a sessão pode servir para ministros darem recados a Moro e à Lava Jato.
Na Câmara, os destaques ficam com a comissão especial da Previdência e a votação do pedido de crédito suplementar de R$ 248,9 bilhões pelo governo. O relator do projeto, deputado Hildo Rocha (MDB-MA), disse ontem que o Centrão e o governo selaram acordo para aprovar o texto que libera o crédito suplementar ao governo.
Segundo Rocha, o acerto para votar o crédito envolve a posterior liberação de recursos adicionais para o Minha Casa Minha Vida, para a conclusão de obras no São Francisco e para a defesa civil.
No exterior, as bolsas europeias e futuros de Nova York seguem no campo positivo, enquanto o índice do dólar mostra relativa estabilidade e a moeda americana cai majoritariamente frente a divisa dos Estados Unidos. Esses ajustes vêm na esteira de um rali nos mercados chineses hoje após novos estímulos à economia do país e do otimismo em Nova York ontem com o acordo imigratório entre EUA e México, que pôs fim a tarifas de 5% sobre produtos mexicanos importados por norte-americanos.
Às 9h32, o dólar à vista caía 0,05%, a R$ 3,8818. O dólar futuro para julho recuava 0,13%, a R$ 3,8865.
Mais cedo, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) mostrou alta de 0,73% na primeira prévia de junho, após ter aumentado 0,58% na primeira prévia de maio.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-Fipe), que mede a inflação na cidade de São Paulo, teve alta marginal de 0,01% na primeira quadrissemana de junho, revertendo a leve queda de 0,02% observada no fechamento de maio.
Já o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) desacelerou em seis das sete capitais analisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) da última quadrissemana de maio para a primeira leitura de junho. No período, o índice arrefeceu de 0,22% para 0,12%.