O dólar terminou em baixa nesta quarta-feira, 27, pela segunda sessão consecutiva, influenciado pela repercussão das pesquisas eleitorais e pelo comportamento da moeda no exterior, em queda.
O dólar chegou a ser cotado na faixa dos R$ 2,25 no início da sessão, em meio à percepção de que Dilma Rousseff (PT) poderá ser derrotada por Marina Silva (PSB) no segundo turno. Mas, como a moeda já havia recuado com firmeza ontem, o recuo durante a tarde mostrou comedimento, uma vez que os importadores aproveitaram as cotações para comprar divisas.
No fim, o dólar retornou à faixa dos R$ 2,25 para encerrar com queda de 0,57% no balcão, aos R$ 2,2530. Em dois dias, a moeda cedeu 1,44%. Já o vencimento para setembro cedia 0,79%, aos R$ 2,2480 às 16h53. Na mínima do dia, o dólar foi cotado a R$ 2,2520 (-0,61%) e, na máxima, a R$ 2,2650 (-0,04%). O giro financeiro perto das 16h30 estava em US$ 1,46 bilhão, sendo US$ 1,289 bilhão em D+2.
O Ibope trouxe ontem que a presidente Dilma Rousseff (PT) obteve 34% das intenções de voto ante 29% de Marina Silva e 19% de Aécio Neves. Num segundo turno, Marina bate Dilma com 45% a 36%. Contra Aécio Neves (PSDB), Dilma teria 41% das intenções de voto contra 35% do tucano.
Hoje, o levantamento CNT/MDA mostrou que Dilma tem 34,2% das intenções de voto, Marina, 28,2%, e Aécio, 16%. No confronto do segundo turno, Marina vence Dilma por 43,7% contra 37,8%. Numa disputa entre Dilma e Aécio, a presidente se reelege com 43% e o tucano soma 33,3%. Numa disputa entre Marina e Aécio, a candidata do PSB registra 48,9% e Aécio, 25,2%.
O resultado do fluxo cambial semanal, divulgado na hora do almoço, ajudou a conter um pouco as perdas da moeda naquele momento. O Banco Central informou que o fluxo cambial ficou positivo em US$ 1,215 bilhão no mês de agosto até o dia 22. No acumulado do ano até o dia 22 de agosto, o fluxo está positivo em US$ 3,570 bilhões, enquanto na semana de 18 a 22 de agosto a entrada de dólares no País superou a saída em US$ 714 milhões.