Economia

Dólar termina na menor cotação desde 29 de julho

O dólar fechou em queda pela terceira sessão consecutiva ante o real nesta quinta-feira, 28, abaixo de R$ 2,25 pela primeira vez desde 30 de julho. Entre os fatores que contribuíram para o declínio da moeda estavam a perspectiva de que a candidata Marina Silva (PSB) possa derrotar Dilma Rousseff (PT) na corrida eleitoral e a redução de posições compradas por investidores estrangeiros no mercado futuro. Amanhã, ocorre a determinação da ptax do fim do mês.

No fim do dia, o dólar à vista fechou cotado a R$ 2,2430 (-0,44%) no balcão. Essa foi a menor cotação de fechamento da moeda desde o dia 29 de julho. O dólar acumula queda de 1,88% nas últimas três sessões. O volume de negócios totalizou US$ 866 milhões, sendo US$ 812 milhões em D+2. No mercado futuro, o dólar para setembro era negociado a R$ 2,2435 (-0,29%).

Durante a primeira parte da sessão, a moeda oscilou entre perdas e ganhos, reagindo à cautela com a crise entre Ucrânia e Rússia, a segunda leitura do PIB do segundo trimestre e outros dados positivos dos EUA e um fluxo cambial mais negativo no mercado à vista pela manhã.

No início da tarde, o dólar à vista voltou para a estabilidade, puxado pelo desempenho positivo do mercado futuro, que estava sob pressão reforçada da rolagem de contratos de derivativos cambiais, segundo agentes de câmbio.

Mais tarde, o dólar passou a cair novamente e bateu mínimas na sessão ante o real, com operadores afirmando que as expectativas de vitória da oposição nas eleições seguem impactando a moeda. Segundo um operador, os negócios estavam concentrados no mercado futuro – que, por conta da arbitragem, influenciou as cotações no segmento à vista. Ele acrescentou que os investidores que estão vendidos em dólar futuro (em especial, bancos) estão “preparando terreno” para a sexta-feira, quando ocorre a disputa para formação da ptax de fim de mês. Com o dólar caindo com mais força, ordens de stop também foram disparadas, ampliando o movimento negativo.

Em relação à disputa eleitoral, a candidata a presidente da República Marina Silva (PSB) rebateu, em um mesmo discurso, nesta quinta-feira, seus dois principais adversários na campanha eleitoral, Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). Sem citar nomes, respondeu às afirmações de Aécio, que considerou temerário o governo de amadores e inexperientes, numa referência a Marina, e ainda de Dilma, que hoje afirmou que a distinção entre bons e maus pregada pela candidata do PSB é complicada e simplista.

“Muita gente no Brasil diz que não podemos ser governados por amadores do sonho. Ou apostam no sonho, ou vamos continuar nas mãos dos profissionais, dos que fazem escolhas incorretas”, disse Marina em discurso na Feira Internacional de Tecnologia Sucroenergética (Fenasucro), em Sertãozinho (SP).

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