O dólar teve um pregão marcado pela volatilidade nesta quarta-feira, 15. Depois de um início em alta, ele passou boa parte da tarde no terreno negativo, mesmo sinal do fechamento. Os Estados Unidos, com indicadores e o Fed, fizeram preço no câmbio pela manhã, mas, à tarde, a inversão não teve razão preponderante, sendo que fluxo cambial e Livro Bege não foram determinantes para os rumos dos negócios.
O dólar terminou a sessão em baixa de 0,16%, a R$ 3,1330. Na mínima, marcou R$ 3,1320 e, na máxima, R$ 3,1620. No mês, acumula alta de 0,77% e, no ano, de 18%. No mercado futuro, o dólar para agosto registrava perda de 0,16%, a R$ 3,1535.
A moeda repetiu o comportamento dos últimos dias, invertendo a trajetória no período da tarde. Hoje, isso também aconteceu e a alta do início do dia passou a ser perda no período vespertino.
Os ganhos da manhã foram sustentados pelas declarações da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, e também pelos fortes indicadores da economia dos EUA, o que puxou a alta da moeda no exterior.
Em resumo, Yellen declarou que, em algum momento neste ano, haverá o início do ciclo de aperto monetário. Segundo ela, isso acontecerá à medida que a economia do país apresente melhora. “Se a economia evoluir como nós esperamos, as condições econômicas provavelmente justificarão elevar os juros em algum momento deste ano, dando início à normalização da política monetária”, disse.
Entre os indicadores, destaque para os dados da produção industrial do país, que mostrou alta de 0,3% ante maio, na primeira elevação após seis meses de queda. Já o índice Empire State subiu para 3,86 em julho, ante previsão de 3.
Os dados do fluxo cambial e o Livro Bege não chegaram a influenciar as cotações do dólar. A perda de fôlego à tarde aconteceu, segundo profissionais, devido a operações de day trade. De acordo com o BC, o fluxo cambial foi positivo em US$ 266 milhões na semana de 6 a 10 de julho. No mês até dia 10, o resultado, entretanto, ficou negativo em US$ 1,257 bilhão.