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Dori Alimentos mira redução de dívidas com estreia na B3

A Dori Alimentos, empresa familiar do interior de São Paulo conhecida por seus doces e confeitos, entrou ontem com pedido na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na B3, que inclui uma venda primária de ações – pela qual os recursos vão para o caixa da empresa.

Além disso, a operação vai incluir também uma venda secundária, em que o fundo de private equity Acon Investments deve oferecer parte de suas ações, por meio da CandyCo Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia, que detém 30,5% da empresa.

A Dori foi fundada em Marília, no interior paulista, em 1967, pela família Barion, que controla a empresa. A companhia é dona de marcas como Disqueti, o amendoim japonês Dori e as balas Gomets. A participação da Dori em alguns de seus segmentos chega a 60%.

A companhia faz parte de um setor estimado em US$ 14,4 bilhões em 2020, segundo a Euromonitor, podendo atingir US$ 17,3 bilhões em 2026. A companhia faturou R$ 426 milhões, o que representou uma alta de 39% em relação ao mesmo período do ano passado.

Os recursos captados na oferta primária vão para o pagamento de debêntures privadas e para sustentar o plano de crescimento orgânico da Dori, incluindo o desenvolvimento de novas linhas e o aprimoramento de canais de venda, de acordo com o prospecto.

<b>Dívidas</b>

Na parte das dívidas, a empresa informa ter uma debênture com saldo devedor de R$ 120 milhões, que pretende quitar integralmente com recursos captados na estreia na Bolsa brasileira. Esta foi a segunda emissão da empresa, lançada em setembro do ano passado e com vencimento em 2025.

A empresa ressalta que uma das tendências do mercado é a busca por opções de lanches sem glúten, sem lactose, sem gordura e com certificado vegano. A empresa até informa no prospecto que é alvo de uma ação na Justiça, de 2016, por não informar em suas embalagens os potenciais danos do consumo de glúten.

O IPO da Dori é coordenado por Itaú BBA, JPMorgan, XP e Banco Safra.
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>

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