Em debate com os pré-candidatos das prévias do PSDB para a corrida presidencial de 2022, o governador de São Paulo, João Doria, afirmou que, caso ele não saia vitorioso da disputa, não está nos seus planos procurar outra legenda para concorrer à vaga no Executivo. "Sou de um partido só", declarou o governador paulista nesta terça-feira, 19. "Me filiei ao PSDB não foi por ocasião nem por eleição, foi por convicção", destacou. O ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, que também participa do debate promovido pelos jornais <i>O Globo</i> e <i>Valor Econômico</i>, fez declarações na mesma linha do paulista e afirmou que não sai do PSDB "em hipótese alguma".
"As regras foram estabelecidas, e as regras são regras. Ou você aceita ou não as aceita, e nós aceitamos as regras como estão. Confio nas regras do PSDB e confio também no bom debate", declarou Doria.
O chefe do Executivo de São Paulo também rebateu as declarações de que aliados seus estariam colocando em xeque a segurança do sistema de votação eletrônica feito pelo PSDB, e cogitando a adoção do voto em cédula. "Não sei que aliado foi esse. Aliás, aliado sem nome não é aliado, é adversário", declarou o governador ao reforçar sua confiança no sistema do PSDB.
"Sou contra o voto impresso, sou a favor do voto eletrônico", disse. "O sistema do PSDB é um sistema moderno, é um sistema adequado, e espero que seja sempre protegido para que as prévias possam democraticamente apontar seu vencedor."
O governador paulista também foi alvo de críticas de Eduardo Leite. Em Santo André, na Grande São Paulo, Leite criticou o adversário por ter anunciado que não iria ao debate marcado para esta terça-feira – e depois recuado. O governador gaúcho também rebateu críticas do entorno de Doria sobre o aplicativo que será usado nas votação dos filiados do PSDB.
"Negar participação no debate e lançar suspeitas à forma de votação é coisa do bolsonarismo. Espero que não volte o BolsoDoria", disse ele no domingo. O presidente do diretório paulista do PSDB, Marco Vinholi, rebateu. "Diálogo na teoria, agressão na prática. É momento de termos um candidato para unir o partido e o País, não para dividir." Procurado, o coordenador da campanha de Doria, Wilson Pedroso, negou que o governador esteja procurando aliados fora do partido e disse que a estratégia é "100% interna no PSDB".