O prefeito João Doria (PSDB) deve enviar nesta segunda-feira à Câmara Municipal o Projeto de Lei que prevê a privatização da São Paulo Turismo (SPTuris), que inclui o Complexo do Anhembi e suas estruturas, como o sambódromo e o pavilhão de exposições. A ideia é que a empresa de eventos da Prefeitura seja vendida em um leilão na B3. A decisão de vender o Anhembi junto com a SPTuris foi tomada por Doria para facilitar a negociação na Bolsa.
A Prefeitura colocará à disposição sua participação acionária na companhia, que é de 97%. Além disso, com as privatizações do Anhembi e do Autódromo de Interlagos, também administrado pela SPTuris, a estatal municipal ficaria sem função. Hoje, a empresa tem cerca de 400 funcionários e receita anual de quase R$ 250 milhões.
Fontes da Prefeitura afirmam que auditoria externa contratada pela gestão municipal concluiu que a SPTuris deu prejuízo de R$ 70 milhões somente no ano passado.
Para coordenar o processo de venda da SPTuris, a Prefeitura irá contratar uma empresa de consultoria que ficará encarregada de fazer a avaliação econômico-financeira de toda estrutura que será privatizada, definir o preço mínimo e executar a venda da SPTuris e seus ativos. A contratação será feita por pregão eletrônico com base no menor preço. O teto do custo do serviço é de R$ 11 milhões.