Em coletiva de imprensa que anunciou medidas para atenuar efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que não há razão para pânico no Estado em relação ao avanço da doença. E disse que não há necessidade de fechamento de escolas ou cancelamento de eventos.
"Não há necessidade de fechamento de escolas, cancelamentos de eventos, de situações drásticas. O que há é necessidade de cuidados", disse o governador. "Estou absolutamente convicto em não agir dessa maneira, não sou governador para tomar atitudes impensadas e sensíveis no tema da saúde, eu ouço e faço o que especialistas indicam", afirmou também.
Segundo Doria, o que há de informações até hoje indica que a postura do governo do Estado é "correta" para a situação atual. A posição pode ser alterada a partir de fatos novos, afirmou. Ele disse ainda que não quer tomar atitudes baseadas em suposições que possam afetar fortemente a vida das pessoas, que possam gerar pânico ou influenciar a geração de empregos em São Paulo.
O governador lamentou que instituições privadas, como escolas particulares, tenham suspendido atividades como prevenção ao coronavírus, "com base em pressões de funcionários, famílias ou pessoas que as cercam". Para ele, empresas privadas devem buscar ouvir especialistas antes de tomar decisões.
Nesta sexta-feira, 13, o Ministério da Saúde recomendou medidas mais restritivas para evitar o avanço do novo coronavírus, entre elas o isolamento por 7 dias de todas as pessoas que chegam de viagens internacionais, mesmo sem sintomas, e cancelamento de eventos com aglomerações. O Ministério da Saúde pediu que autoridades locais estimulem o cancelamento de eventos com grande aglomerações e também orientou o adiamento de cruzeiros marítimos.
De acordo com o último balanço do Ministério da Saúde, o Brasil tem 77 casos confirmados do novo coronavírus, sendo 42 deles em São Paulo.