O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), alertou que a quarentena não foi suspensa com o anúncio do Plano São Paulo, que define as regras para a retomada da atividade no Estado. Segundo ele, há uma "nova quarentena" que irá durar até o dia 15 de junho.
Doria disse que o Plano apenas permite ao governo estadual fornecer "dados e procedimentos com base na ciência e na medicina para que cada município possa acompanhar a evolução da pandemia" e, assim, gradualmente reabrir a economia local.
Segundo o governador, o Plano SP avalia a possibilidade de uma retomada consciente para "alguns serviços e comércios". Para que isso ocorra nas regiões e cidades paulistas, é preciso que as prefeituras sigam "rigorosamente" os critérios e as cinco fases, classificadas em cores – vermelho, laranja, amarelo, verde e azul -, para a reabertura estipuladas pelo governo do Estado, avisa Doria.
<b>Confronto enfraquece democracia</b>
Em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, o governador disse que "não cerceará nenhum direito a manifestação para qual lado estiver fazendo protesto ou manifestação", mas ressalvou: "ninguém tem direito de agredir".
Doria afirmou que, em acordo com a Prefeitura da capital, não irá mais permitir que sejam realizadas "duas manifestações no mesmo local, horário e dia". Sobre os protestos antagônicos que aconteceram simultaneamente neste domingo (31) – de um lado "a favor do governo Bolsonaro" e de outro "pró-democracia", Doria disse que o confronto "não fortalece a democracia, ao contrário, enfraquece e justifica o discurso autoritário".
Segundo o governador, "graças à intervenção da Polícia Militar, ontem na Av. Paulista, evitamos uma situação de confronto que poderia trazer resultados gravíssimos com pessoas feridas".