Política

Desistiu de desistir: Doria deixa São Paulo e vai concorrer à Presidência

A decisão de não concorrer à Presidência e continuar como governador do Estado não durou 24 horas para João Doria. Pressionado por aliados, ele deixa o cargo para pleitear a cadeira ocupada hoje por Jair Bolsonaro.

Antes, o site UOL havia divulgado que Doria desistiria de permanecer como chefe do executivo estadual mesmo sem concorrer à Presidência sob argumento que, sem pleitear nenhum cargo, a permanência no poder não traria benefícios ao partido ou ao próprio político. A decisão ainda atrapalharia Rodrigo Garcia, seu vice, que será o candidato da sigla nas eleições do Estado. Sem a máquina nas mãos, ele perderia força para rodar o interior, já que atualmente ocupa apenas o 4º posto nas pesquisas.

Doria é um dos opositores mais ferozes de Bolsonaro e projetava concorrer o cargo, sobretudo após a colisão em meio à pandemia e a fabricação de vacinas pelo Instituto Butantan. O atual governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, mesmo derrotado nas prévias pelo paulista, teve apoio de parte importante da sigla, sobretudo do deputado mineiro Aécio Neves. Contudo, uma carta divulgada pelo próprio PSDB exaltou o suporte a Doria. “O governador tem a legenda para disputar a presidência da República. E não há, nem haverá qualquer contestação à legitimidade da sua candidatura pelo partido”, diz trecho da carta.

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