Uma vitória nesta quinta-feira sobre o Independiente Santa Fe, da Colômbia, no estádio do Pacaembu, em São Paulo, pode encaminhar a classificação do Santos às oitavas de final da Copa Libertadores. Mas, segundo cobrou o técnico Dorival Júnior nesta quarta, o elenco precisa ter cautela e respeitar a qualidade do time colombiano.
Para conter a possível euforia com o jogo no Pacaembu, o treinador lembrou o ocorrido com o Botafogo na última terça-feira, que vivia situação similar e acabou derrotado pelo Barcelona, de Guayaquil (Equador), no Rio, por 2 a 0.
“É um jogo decisivo para a definição do grupo. Esse equilíbrio fez com que os pontos alcançados lá fora (dois empates) fossem importantes agora. Depois do que fizemos, precisamos alcançar os resultados aqui dentro para conseguir a classificação o quanto antes”, avaliou o treinador, antes de ponderar. “Precisamos ter a consciência (de que não será fácil). O Botafogo tinha uma pontuação até melhor do que a nossa e, por um resultado, você acaba tendo um outro desenho no grupo”.
Apontar o Santos como favorito à classificação por ter dois jogos em casa, acrescentou Dorival Júnior, é apenas algo que funciona na teoria. Além do Independiente Santa Fe, o time recebe o peruano Sporting Cristal na última rodada da fase de grupos. “Teremos dois jogos dentro do nosso domínio. Mas eles só serão importantes a partir do momento em que confirmarmos a vitória. E, para isto, precisaremos trabalhar muito”, alertou.
Uma das dificuldades para o jogo desta quinta-feira, na avaliação do técnico, é a própria qualidade do adversário. “Primeiro, temos consciência do que representa o time do Santa Fe. É uma equipe muito rápida, uma equipe que tem no contra-ataque uma arma mortal. É só isso? Não. O meio-campo tem um trabalho de movimentação, abrindo o espaço para os laterais, que é muito importante”.
Há, por fim, segundo completou Dorival Júnior, a necessidade de superar o abalo coletivo provocado pela morte dos pais de Rafael Longuine, em um acidente de carro no Paraná, na última segunda-feira. “É natural, não tem como não ficar abalado. É uma pessoa muito querida pelo grupo”, destacou. “É um ser humano fantástico, os familiares estavam frequentemente dentro do clube. É uma tragédia terrível e todos nós estamos muito abalados com o que aconteceu”.