Dorival Júnior está ciente que o São Paulo pode passar por sufoco em São Januário e arma o time para evitar surpresas desagradáveis em visita ao Vasco, no sábado, pelo Brasileirão. Depois de "perder" uma atividade por causa das fortes chuvas da quarta-feira, o treinador pôde trabalhar a equipe sem sustos nesta quinta e a dividiu em duas, armando o ataque para ser eficiente e a defesa para atuar sob pressão.
Esse tipo de trabalho já foi realizado em outras oportunidades. Ciente que vai encarar clima hostil com os torcedores locais incentivando o time da casa, e que pode ter espaços para contra-atacar, Dorival arma seu time para suportar atrás e também para ser cirúrgico na frente.
O auxiliar Paulo Sotero cuidou da defesa em atividade bastante movimentada e com os zagueiros sem tempo para pensar. A ordem era tocar de primeira e "aliviar a pressão" sem devolver a bola. Com Rafinha e Beraldo suspensos, Nathan e Alan Franco, os possíveis substitutos, precisam se entrosar com os demais titulares.
Na atividade do CT da Barra Funda, a todo tempo os homens de defesa eram orientados a "não rifar" a bola. Mesmo com um atacante em cima, a recomendação é tentar trabalhar a bola para fazer a ligação ofensiva em velocidade.
Ao lado do filho e auxiliar Lucas Silvestre, Dorival colocou o ataque para chutar no gol. A ordem é substituir o artilheiro Calleri, outro suspenso, com eficácia. O São Paulo conta muito com os gols do argentino, mas o treinador não quer saber de dependência e botou Luciano e a molecada para bombardear os goleiros Rafael e Jandrei.
Foram muitas bolas na rede, o que deixou o treinador satisfeito. Outro quesito bastante comemorado foi o desempenho bom em cobranças de faltas. O colombiano James Rodríguez e o meia Wellington Rato se destacaram. Apesar de encarar um oponente vindo de cinco vitórias seguidas como mandante, o São Paulo se arma para trazer os três pontos de São Januário.