Apesar da queda de 0,85% no preços dos produtos industriais na porta de fábrica em outubro, 12 das 24 atividades pesquisadas no Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado nesta terça-feira, 29, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registraram altas no mês passado. Tanto os preços das indústrias extrativas quanto os preços das indústrias de transformação caíram em outubro.
Segundo o IBGE, o setor industrial de maior destaque na variação agregada do IPP em outubro foi o de "outros produtos químicos", responsável por -0,44 ponto porcentual (p.p.) de influência na queda de 0,85% da indústria geral. Os preços da indústria química, no mês de outubro, caíram 4,58%, a sexta variação negativa no ano, informou o IBGE.
Também puxaram a queda do IPP de outubro a atividade de "refino de petróleo e biocombustíveis", com -0,17 p.p. de influência, ao registrar deflação de 1,40%. Esses preços registraram o terceiro mês seguido de queda, mas ainda acumulam alta no acumulado em 12 meses. "Nesses três meses, o recuo de preços foi de 14,51%, e o acumulado no ano atingiu 16,26% (ante 60,40% no mesmo mês do ano anterior). No acumulado em 12 meses, a variação foi de 23,00%, a menor desde fevereiro de 2021 (18,25%)", diz a nota do IBGE.
Outro destaque na queda do IPP foi a indústria de alimentos, com queda de 0,41%, e impacto negativo de 0,10 p.p. na variação agregada de outubro. Também foi o terceiro mês seguido de queda nos preços de alimentos.
"Desde 2017 primeiro entre janeiro e abril, depois entre junho e setembro não houve um período de variação negativa acima de dois meses consecutivos. O acumulado no ano recuou de 5,82% em setembro para 5,39%, 10,31 p.p. menor do que o observado em outubro de 2021. No acumulado em 12 meses, a variação de outubro é de 8,08% – nessa perspectiva há uma série decrescente desde julho de 2022 (quando era 19,55%)", diz a nota do IBGE.
Já a queda de 3,44% nas indústrias extrativas levou a um impacto negativo de 0,17 p.p. na variação agregada do IPP de outubro.
Conforme o IBGE, o recuo de outubro foi o quinto seguido. "Nesses cinco meses, a queda foi de 22,80%. No acumulado no ano, a variação foi de 0,90% quando, no ano anterior, era de 37,66%, e, no acumulado em 12 meses, de -16,56%, novamente o quinto mês com resultados negativos nessa perspectiva", destaca a nota do IBGE.