Estreante em uma prova de duplas do bobsled na história dos Jogos de Inverno, o Brasil ficou em 27º lugar entre os 30 trenós que participaram desta disputa da Olimpíada de Pyeongchang, nesta segunda-feira, na Coreia do Sul. Após duas descidas na pista do Olympic Sliding Centre realizadas no último domingo, Edson Bindilatti e Edson Martins não se classificaram entre os 20 primeiros que avançaram para a quarta e última bateria desta segunda-feira.
Assim, a dupla brasileira terminou com um tempo total de 2min30s71 no somatório das três primeiras descidas da competição e se mantiveram na mesma 27ª posição que já haviam conseguido no dia anterior. Na única disputa que realizaram nesta segunda, os xarás terminaram com o tempo de 50s35, depois de terem aberto a disputa no domingo com 50s14 na primeira descida do trenó e em seguida 50s22 na segunda.
Os brasileiros, porém, saíram satisfeito com o que mostraram e lembraram que conseguiram classificar o País para uma disputa inédita para o País em Jogos de Inverno.
“Eu saio muito contente com a participação do Brasil no 2-man. Conseguimos colocar mais um trenó entre os principais países do mundo, que são os que disputam os Jogos Olímpicos. Quem se classificou para os Jogos é competitivo e tem condições de fazer bons resultados”, ressaltou Edson Bindilatti, que é piloto dos dois trenós do Brasil em Pyeongchang, onde estará presente também na prova do 4-man, com equipes de quatro atletas em cada país participante.
Os xarás formarão com Odirlei Pessoni e Rafael Souza a equipe brasileira desta outra prova do bobsled dos Jogos na Coreia do Sul. Neste tipo de disputa, o Brasil já esteve presente com times nas edições de Salt Lake City-2002, Turim-2006 e Sochi-2014 da Olimpíada de Inverno. E o quarteto do País em Pyeongchang-2018 competirá no sábado e no domingo, dois últimos dias de competições em solo sul-coreano.
“Nosso 4-man é mais forte que o 2-man e tem mais chances de chegar à final. Podemos fazer um bom resultado com o 4-man aqui em Pyeongchang. Mas, para isso, temos que melhorar algumas coisas. O push e a pilotagem podem ser melhores. Preciso acertar a curva dois também. Quando você erra na curva dois, o trenó perde velocidade na pista toda”, disse Bindilatti, por meio de declarações reproduzidas nesta segunda pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB).
OURO DIVIDIDO – E a disputa por medalhas desta prova de duplas do bobsled em Pyeongchang contou com um fato curioso nesta segunda-feira. Tricampeões mundiais, os alemães Francesco Friedrich e Thorsten Margi estavam com o ouro garantido com o tempo somado de 3min16s86 após a quarta e última descida, mas tiveram que dividir o topo do pódio com os canadenses Justin Kripps e Alexander Kopacz, que cravaram exatamente a mesma marca da dupla alemã no somatório dos tempos.
Assim, as duas nações dividiram o ouro, enquanto o bronze ficou com a parceria da Letônia formada por Oskars Melbardis e Janis Strenga, com 3min16s91. Um empate na luta pelo ouro desta prova também aconteceu nos Jogos de Nagano-1998, no Japão, onde uma outra dupla canadense terminou empatada com outra da Itália, sendo que naquela ocasião o bronze ficou com a Suíça.
NORUEGA NO TOPO – Apenas outras duas disputas por pódios aconteceram nesta segunda-feira. E elas tiveram dois ouros somados pela Noruega, que asseguraram assim a liderança no quadro geral de medalhas, com um total de 11 douradas, contra dez da Alemanha, vice-líder.
Um dos ouros do dia dos noruegueses foi obtido na prova por equipes do salto de esqui masculino, no qual os alemães levaram a prata e o bronze ficou com o time polonês. Já o outro ouro do país nórdico veio na prova masculina de 500 metros da patinação de velocidade, com a vitória de Havard Lorentzen, enquanto a prata foi conquistada pelo sul-coreano Cha Min Kyu e o bronze pelo chinês Gao Tingyu.