Pois é. E não é que o Corinthians foi para o Japão e trouxe de lá mais um título mundial… A sensação da vitória diante do Chelsea, o grande favorito, o gigante inglês, o imabatível etc e tal, chega a ser ininarrável. Sei que meu sentimento é compartilhado com mais uns 30 milhões. Não é novidade para esse bando de loucos que acompanha um time, quase uma religião.
Tem também toda a obrigação de vencer criada pela mídia. Passar uma semana inteira vendo os “antis”, como são chamados todos aqueles que torcem por outras equipes, tirando um sarro da gente, dizendo que não tem jeito, falando que já era. Mas, dentro de nossas limitações – não tão limitadas assim – seguíamos confiantes, mas com certo receio. Afinal, o jogo só termina quando acaba.
Para deixar o clima mais tenso, o Corinthians passou pela semifinal com certa dificuldade. Já o tal Chelsea deitou e rolou contra os mexicanos, sobrando em campo. Era natural que todos julgassem eles favoritos. Mas o final foi mais do que feliz. Na primeira defesa “com o rabo” de Cássio, dava para perceber que o sonho da noite de sábado de que a partida terminaria em 1 a 0 para nós poderia se concretizar. Vieram a segunda e a terceira defesas milagrosas. E crescia a sensação de que nada nos deteria.
O gol de Guerrero, aos 23 do segundo tempo, selou um período de glória. Prostrado de joelhos diante da televisão, com apenas meu filho torcendo pelo Corinthians ao lado, em um ambiente dominado pelos antis, percebi que a conquista do mundo se aproximava. Mas foram mais 26 minutos do mais profundo sufoco. Apesar do Timão demonstrar superioridade em campo, tinha aquela sentimento de que sempre tudo é sofrido. Até o apito final.
Feliz pela conquista. Nem sei quantas eu já comemorei com a camisa preta e branca nestes mais de 36 anos de Timão no coração. Apenas tenho a convicção de que hoje o “Vai Curintia” ficou para trás. Agora, o Corinthians foi. Convenceu. E venceu. A taça do mundo é nossa.
