Maior festival de documentários da América Latina, o 23º É Tudo Verdade exibe gratuitamente, até 22/4, 50 produções de mais de 20 países. Segundo seu fundador, Amir Labaki, a programação – menor em 2018 – não indica uma baixa na produção do gênero. Pelo contrário. “O número de inscritos subiu novamente, passando de 1.600 títulos. A seleção mais enxuta visa readequar o festival a restrições orçamentárias”, diz ele. Além das tradicionais mostras competitivas, esta edição, que abre com “Adoniran – Meu Nome É João Rubinato” (CCSP: 5ª, 19/4, 17h; Sesc 24 de Maio: 22/4, 11h), homenageia a americana Pamela Yates e traz ainda uma seleção online de filmes.
André Carmona e Renato Vieira
Centro Cultural São Paulo (CCSP). R. Vergueiro, 1.000, metrô Vergueiro, 3397-4002.
Instituto Moreira Salles (IMS). Av. Paulista, 2.424, metrô Consolação, 2842-9120.
Itaú Cultural. Av. Paulista, 149, metrô Brigadeiro, 2168-1777.
Sesc 24 de Maio. R. 24 de Maio, 109, metrô República, 3350-6300.
AMIR LABAKI ESTÁ NO PAPO
O diretor do É Tudo Verdade falou ao Divirta-se sobre o festival:
Como anda a produção mundial de não ficção e como o Brasil se encaixa nesse panorama?
Nunca o documentário foi mais diverso, em forma e tema, e esteve mais presente no cardápio audiovisual do público, seja em salas, TVs ou online. A produção brasileira se encontra entre as mais inovadoras e renomadas – acho que ao lado das de China, Dinamarca, EUA e França.
Qual é a grande novidade da 23ª edição do evento?
Há uma presença recorde nesses anos 2000 de três obras dirigidas por cineastas brasileiros entre os 12 selecionados para a competição de longas internacionais. E um número maior de longas brasileiros faz sua estreia no festival este ano (são 14, enquanto, no ano passado, foram 11). No geral, é uma safra forte, tanto brasileira quanto internacional.
Como você vê a importância de Pamela Yates?
Há mais de 30 anos, Pamela “reenergiza” o gênero. Seus filmes combatem atrocidades e violações dos direitos humanos, combinando depoimentos e registros históricos.