O aplicativo para solicitação de táxis Easy Taxi recebeu uma nova rodada de investimento no valor de R$ 90 milhões dos fundos Phenomen Ventures, da Rússia, e Tengelmann Ventures, da Alemanha, parceiros do grupo Rocket Internet, atual controlador da companhia. O novo aporte eleva o valor captado no mercado pela empresa, desde o seu lançamento, em 2011, para R$145 milhões.
O investimento será usado para expansão dos negócios na Ásia e América Latina. A meta é chegar ao fim do ano com presença em 50 países – atualmente a Easy Taxi opera em 32 países e 165 cidades.
A primeira injeção de recursos na companhia, em 2012, foi de R$ 10 milhões, por parte da Rocket Internet. Um ano depois a empresa recebeu mais R$ 30 milhões do Fundo Latin America Internet Holding (LIH) e, em outubro de 2013, recebeu outros R$ 15 milhões, da Rocket Internet e da holding iMena.
“Nós conseguimos provar que sabemos usar bem o dinheiro dos fundos e, com isso, conseguimos dar um passo à frente e sair do eixo Brasil-Estados Unidos, atraindo fundos da Alemanha, Rússia e outros países”, diz Tallis Gomes, fundador da Easy Taxi. “Isso é bom para o ecossistema de startups brasileiro, porque atrai a atenção desses investidores para o País”, diz.
Crescimento
O novo aporte consolida a Easy Taxi como uma das startups mais promissoras da atualidade. A empresa entrou para um grupo restrito de empresas iniciantes brasileiras que recebeu investimentos série D (acima de R$ 25 milhões, após três rodadas anteriores, A,B,C, respectivamente), do qual é representante recente o Hotel Urbano, que recebeu R$ 120 milhões em março, em rodada liderada pelo fundo nova-iorquino Tiger Global Management.
A Easy Taxi não descarta que seu próximo passo seja abrir capital. “Pode ser, sim. Estamos muito focados em investir e temos muito a fazer para nos consolidar e expandir”, diz Gomes, que também considera adquirir concorrentes, embora afirme estar mais interessado em “tirá-los da frente”. “Um deles a gente já matou e deve fechar as portas nas próximas semanas”, diz, sem citar nomes.
Segundo Gomes, a Easy Taxi já gera receita, embora não abra números. O modelo de negócio prevê a cobrança de uma taxa dos taxistas por cada corrida, com exceção do Brasil, onde a pressão de concorrentes como a 99Táxis levou à extinção dessa taxa. “Houve uma canibalização dos negócios. O mercado não entende que não somos uma ONG”, diz Gomes.
Como alternativa, a empresa criou outras fontes de receita, como um sistema para gerenciamento de táxis corporativos, o Easy Taxi Empresas, e o sistema de pagamento pelo smartphone, Easy Taxi Pay. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.