A população trans enfrenta todos os tipos de obstáculos para ingressar no mercado de trabalho, como o preconceito e a falta de oportunidades. Ciente dessa situação e buscando ampliar a diversidade em seus quadros, a EDP, distribuidora de energia elétrica de Guarulhos, Alto Tietê, Vale do Paraíba e Litoral Norte de São Paulo, lança a primeira escola de eletricistas exclusiva para pessoas trans. A turma, com 16 participantes, será realizada em Guarulhos. As inscrições estão abertas até o dia 3 de dezembro pelo link www.escolatrans-edp.com.br. As aulas começam em janeiro, Mês da Visibilidade Trans. Também haverá o programa no Espírito Santo, com 16 vagas no município de Serra.
Os participantes contarão com formação profissional completa, ministrada pelo SENAI, e possibilidade de contratação ao término do curso. Receberão também materiais didáticos, uniformes e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), além de bolsa-auxílio e almoço no local. O programa é pioneiro no setor elétrico e reafirma o compromisso da EDP de direcionar pelo menos 50% das contratações para profissionais de grupos sub-representados, como mulheres, pessoas negras, pessoas com deficiência, LGBTQIAP+ e 50+.
Além da capacitação técnica, a escola contemplará um módulo voltado ao desenvolvimento de competências comportamentais, ministrado por Maite Schneider,cofundadora da plataforma de recrutamento TransEmpregos e consultora de Inclusão e Diversidade.
A EDP também disponibilizará seu Programa de Assistência Social para estudantes do curso. Esta iniciativa oferece acolhimento humanizado por meio de um canal que funciona 24h, sete dias por semana, com ligação gratuita e confidencial. O programa oferece suporte psicológico, em serviço social, previdenciário e jurídico.
“Fomentar a educação a partir de ações intencionais e propositivas é fundamental para gerarmos oportunidades às populações mais vulnerabilizadas. Ao promover uma jornada de desenvolvimento e capacitação profissional, a escola será um passo em direção à cidadania, empregabilidade e acolhimento da população trans”, afirma Fernanda Pires, vice-presidente de Pessoas e ESG da EDP no Brasil.
A EDP tem trabalhado a diversidade em todas as áreas da Companhia. Em 2018, a empresa foi pioneira ao criar a primeira escola de eletricistas afirmativa para mulheres, iniciativa que proporcionou a contratação de aproximadamente 40% das estudantes que concluíram o curso. Atualmente, duas turmas estão em andamento em Vitória (ES), com previsão de formatura para dezembro de 2021.
Sobre o curso e inscrições
Com carga horária de aproximadamente 500 horas e cerca de três meses de duração, a Escola de Eletricistas é gratuita e tem como foco a qualificação e capacitação de pessoas trans como eletricistas de redes de distribuição de energia. A iniciativa é uma parceria da EDP com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). Após a finalização do curso, os estudantes recebem certificado chancelado pelo SENAI e permanecem no banco de talentos da EDP, podendo participar de processos seletivos para vagas efetivas.
O curso terá aulas teóricas e práticas a respeito dos princípios e leis que regem o funcionamento de sistemas elétricos. O intuito é promover aprendizado sobre os procedimentos e técnicas necessárias para planejamento, execução, avaliação e inspeção das redes, bem como sobre manutenções preventivas e corretivas, dentro das normas técnicas e de segurança. Ao término do curso, a expectativa é que essas pessoas estejam capacitadas para o mercado de trabalho.