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Educação sustentável

Realizada pela primeira vez, a Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) mediu os conhecimentos de 2,3 milhões de crianças do 3.° ano (8 anos de idade) do ensino fundamental e os números não foram nada animadores. Em leitura, 22 estados brasileiros concentraram mais da metade de seus alunos nos dois níveis mais baixos. Em matemática, 20 estados e o Distrito Federal também se encontram nessa situação, o que mostra que essas crianças não conseguem analisar informações em gráficos e têm dificuldades para resolver problemas de subtração com mais de dois algarismos.
 
A avaliação foi dividida em três áreas – leitura, escrita e matemática, com quatro níveis cada. De acordo com os resultados apresentados na semana passada, os índices dos estados do Norte e Nordeste foram os piores, principalmente em Sergipe, Maranhão e Alagoas. No lado oposto, o Sudeste e o Sul apresentaram médias melhores, com destaque para Santa Catariana, São Paulo e Minas Gerais.
 
Os dados demonstram mais uma vez que a qualidade de ensino no Brasil está capenga, principalmente nas regiões com menos recursos. Problemas de deficiência educacional nos primeiros anos de ensino vão repercutir lá na frente. Por isso, esses dados devem ser analisados com todo o cuidado, com atenção especial às escolas para as quais é atribuído o baixo desempenho.
 
Cuidar da educação é contribuir para um país melhor em todas as áreas. As nações que investiram maciçamente em programas educacionais colhem hoje frutos positivos também em outros setores como na segurança pública e na saúde.  Quem possui uma base educacional sólida pode alcançar remunerações mais atraentes no mercado de trabalho.
 
O CIEE, ao longo de 50 anos de experiência na inclusão do jovem no mercado de trabalho, tem uma ampla ação educacional, com uma diversidade de cursos gratuitos de educação à distância, que buscam uma melhor formação do jovem para vagas de estágio e aprendizagem, além de cursos presenciais de informática, palestras e seminários sobre temas relevantes, ministrados por profissionais de alto nível. É preciso que as autoridades se conscientizem da necessidade de se investir mais em educação, o caminho mais rápido para o desenvolvimento sustentável da nação.
 
 
 
* Luiz Gonzaga Bertelli é presidente executivo do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), da Academia Paulista de História (APH) e diretor da Fiesp.
 
 

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