A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo acaba de ultrapassar a marca de 3 mil profissionais especializados na prevenção de conflitos no ambiente escolar. Com as novas contratações no início deste segundo semestre, já são exatos 3.082 professores-mediadores que atuam nas unidades de ensino e são capacitados para criar ações preventivas e ainda aproximar a comunidade das unidades de ensino em campanhas contra racismo e outras formas de discriminação, bullying, entre outros.
Em relação a 2010, quando a função foi criada, a Secretaria aumentou em 166% o número de professores-mediadores nas escolas estaduais. Inicialmente, eram 1.156 docentes.
“O projeto dos professores-mediadores, pioneiro no País, faz parte do Sistema de Proteção Escolar, programa presente em todas as 5 mil escolas estaduais, e está em constante ampliação pela Secretaria. Com esses profissionais, conseguimos articular ainda mais ações de mobilização e conscientização nas nossas escolas, sempre com a participação da comunidade escolar”, afirma o secretário da Educação, professor Herman Voorwald.
Uma das funções deste mediador é idealizar projetos que mobilizem a escola para proteger os alunos de fatores de risco e também coibir comportamentos discriminatórios (racistas, homofóbicos, entre outros). Para isso, os professores – que podem ser de qualquer disciplina – passam por capacitação oferecida pela Secretaria, em que aprendem técnicas de justiça restaurativa e a elaborar jogos, dinâmicas, rodas de conversa com as temáticas preventivas, sempre em linguagem jovem e que envolva toda a escola.
Aprovação
Pesquisa feita pela Secretaria da Educação no fim do ano passado nas escolas estaduais que contam com os professores-mediadores mostra que o projeto é aprovado por 90% das unidades, que apontaram que a atuação desses profissionais resultou em melhor convivência entre os estudantes, fortaleceu a participação das famílias nas atividades escolares ou melhorou o desempenho escolar dos alunos.