Cidades

Efeito Alckmin

Um ano e oito meses antes do primeiro turno das eleições para presidente e governadores, começa a se intensificar os movimentos partidários, que – de certa forma – chegam às bases. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anteontem, tornou público um sentimento conhecido de todos há muito tempo. Em evento promovido pelo prefeito paulistano João Dória (PSDB), admitiu que quer ser candidato à Presidência em 2018. Na verdade, ele deu o start para as eleições do ano que vem. Ninguém mais pode falar que é cedo demais para pensar no assunto.
 
 
Situação nos municípios
 
Em Guarulhos, cidade em que o PSB do vice-governador Márcio França, que poderá ser candidato à sucessão de Alckmin, conquistou a Prefeitura, já há articulações em relação a nomes que poderão disputar vagas na Assembleia Legislativa e Congresso Nacional. Atualmente, a cidade conta com quatro deputados estaduais e nenhum federal. Jorge Tadeu e Eli Correa Filho, ambos do DEM, não se elegeram pelo município, apesar do primeiro estar próximo a Guti, enquanto o segundo mantenha ligações por aqui.
 
 
Difíceis reeleições
 
Os dois estaduais do PT, Alencar Santana e Auriel Brito (alguém ainda se lembra dele?), deverão ter sérias dificuldades para se reelegerem. Além de estarem distantes da máquina, fundamental para suas vitórias em 2014, não demonstram trabalhar em prol do município. Já Gileno (PSL) e Jorge Wilson (PRB) terão mais trabalho na reeleição do que na conquista do primeiro mandato, por mais que o segundo tenha potencial na formação de bases em outras cidades, graças à atuação como apresentador de TV em rede estadual.
 
 
Novatos
 
Resta saber que nomes novos entrarão na disputa. O vice-prefeito Alexandre Zeitune é um dos principais expoentes da Rede no Estado. Seria o nome ideal para alavancar o partido. Mas será que abriria mão da importante posição que ocupa na administração municipal? O presidente da Câmara Eduardo Soltur (PSD) se aventuraria em uma cara disputa novamente? O ex-vereador Americano (PHS), como líder nacional dos taxistas, tem potencial para representar a categoria no Congresso. E no PSB de Guti, quem se habilitaria a sair? O PSDB teria potencial para renascer em Guarulhos? O ex-prefeito petista Sebastião Almeida vai se expor por uma nova legenda (PDT, PR ou PT do B?)? As cartas começam a ser lançadas.
 
 
Mudarão de casa?
 
Entre os atuais vereadores, difícil ainda imaginar que algum deles possa ter potencial para uma disputa maior. Mas há nomes que já são ventilados há algum tempo para mudar de Casa, como o de Eduardo Barreto (PCdoB), que já demonstrou ter ambições maiores. Edmilson Souza (PT) apresenta desenvoltura para ir adiante. O líder de Governo, Eduardo Carneiro (PSB), pode alçar outros voos, porém corre o risco de ficar amarrado demais à administração.  

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