O Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) disse, em relatório, que o choque de energia na Europa ainda não chegou ao fim e que segue "substancial e contínuo" em seus efeitos, visto que os preços do gás natural no continente estão entre 220% e 230% acima das médias de antes da pandemia de covid-19.
Um dos principais destaques que justificam o cenário contínuo de crise na Europa são as "evidências de que a produção em setores intensivos de energia continua reprimida", de acordo com o IIF. Um dos exemplos do relatório é a produção das indústrias química e farmacêutica da Alemanha, que atualmente se encontram 15% abaixo de seus níveis pré-choque de energia.
Por fim, o relatório afirma que a queda na produção intensiva deve provocar uma recessão na zona do euro, o que tornará "difícil de justificar futuros aumentos de taxa de juros pelo Banco Central Europeu (BCE)".
Para o IIF, o recuo recente nos preços de gás podem ser um sinal errôneo quanto à recuperação do euro.