Berlim, 14 (AE) – Uma eleição neste domingo no Estado mais populoso da Alemanha, a Renânia do Norte-Vestfália, é vista como um prelúdio para a disputa nacional nas urnas. A disputa estadual pode ainda dar à chanceler conservadora Angela Merkel novo impulso em sua busca por um quarto mandato, ou oferecer ao rival dela de centro-esquerda algum alívio.
A pressão está sobre o Partido Social Democrata (SPD), liderado por Martin Schulz, na disputa pelo Estado. A Renânia do Norte-Vestfália é a terra natal de Schulz, embora ele não esteja na disputa, e abriga 17,9 milhões de pessoas, quase um quarto da população alemã. O Estado do oeste do país, que inclui Colônia, Dusseldorf e a região industrial do Ruhr, tem sido comandada pelo SDP quase ininterruptamente desde 1966, exceto por um período de cinco anos.
As pesquisas eleitorais, porém, agora mostram uma disputa apertada entre o SPD e os democratas-cristãos de Merkel. Uma derrota da governadora de centro-esquerda Hannelore Kraft seria um grande revés para o SPD, após resultados fracos da sigla nas duas eleições estaduais anteriores. Na semana passada, o partido de Merkel venceu em Schleswig-Holstein, no extremo norte da Alemanha.
Na campanha para a disputa de hoje, o partido de Merkel buscou retratar o governo estadual atual como fraco na segurança, lembrando as estatísticas de roubos e episódios como os ataques sexuais ocorridos na véspera do Ano Novo em Colônia em 2015. Também criticam supostos problemas na condução da educação e de projetos de infraestrutura.
O parceiro de coalizão da governadora atual é o Partido Verde, mas a sigla vai mal nas pesquisas, o que dificulta a chance de manutenção de uma maioria. O Partido Democratas Livres, liberal, aparece forte nas pesquisas – a sigla deseja voltar ao Parlamento nacional em setembro, após perder lugar em 2013.
O resultado mais provável da disputa estadual será a formação de uma “grande coalizão”, com vários partidos e liderada por quem terminar em primeiro nas urnas.
Nas pesquisas para a eleição nacional, o SPD aparece até 10 pontos porcentuais atrás dos conservadores de Merkel. Fonte: Associated Press.