O dólar fechou em baixa firme ante o real nesta segunda-feira, 24, com os investidores domésticos acompanhando o bom humor externo. Como na quinta-feira, véspera de feriado prolongado por aqui, os participantes tinham optado pela cautela, e nada de grave ocorreu nesses dias, hoje a moeda brasileira tem um desempenho um pouco melhor do que os seus pares. Ainda assim, a queda do dólar ante moedas emergentes e de países exportadores de commodities é generalizada, com a vitória do centrista Emmanuel Macron no primeiro turno das eleições presidenciais na França elevando o apetite por risco.
O dólar à vista no balcão terminou com queda de 0,90%, a R$ 3,1268, após oscilar entre a mínima de R$ 3,1187 (-1,16%) e a máxima de R$ 3,1348 (+0,67%). O giro registrado na clearing de câmbio da B3 foi de US$ 1,437 bilhão. No mercado futuro, o dólar para maio recuava 0,73% por volta das 17h15, a R$ 3,1315. O volume financeiro somava US$ 12,607 bilhões. No exterior, o dólar caía ante a lira turca (-1,74%), o rublo russo (-1,15%) e o rand sul-africano (-0,86%).
Os mercados globais reagiram positivamente à vitória de Macron no primeiro turno das eleições presidenciais francesas, superando a candidata de extrema-direita Marine Le Pen, que defende a saída do país da zona do euro. O otimismo é reforçado ainda por uma pesquisa de opinião que prevê que no segundo turno, em 7 de maio, Macron venceria a adversária com ampla margem, de 61% dos votos contra 38%.
No noticiário econômico, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) informou que a balança comercial brasileira teve superávit de US$ 1,769 bilhão na terceira semana de abril (de 17 a 23). No mês, o saldo positivo é de US$ 5,189 bilhões, enquanto no acumulado do ano chega a US$ 19,606 bilhões. Já a pesquisa Focus trouxe mudanças positivas. A projeção de inflação para este ano caiu de 4,06% para 4,04%, enquanto para o PIB subiu de 0,40% para 0,43%. O câmbio para o fim de 2017 permaneceu em R$ 3,23, enquanto para 2018 recuou de R$ 3,40 para R$ 3,48.