Estadão

Eleições da Alemanha trarão implicações para a política fiscal, avalia ING

As eleições de setembro na Alemanha vão marcar não só o fim de 16 anos da chanceler Angela Merkel à frente do governo, mas também devem ter implicações estruturais para a política fiscal do país, na avaliação do ING. Em relatório, o banco holandês reitera previsão de que o cenário mais provável é o da vitória da União Democrata-Cristã, partido de Merkel, com uma coalizão com os Verdes ou com o Partido Democrático Liberal (FDP, na sigla em inglês), de centro-direita.

"Em nossa opinião, qualquer um desses resultados é um bom presságio para mais estímulos fiscais na Alemanha, mas não espere grandes mudanças em relação à política fiscal no nível da zona do euro", explica.

Se os Verdes tiverem no poder, o ING acredita que pode uma defesa por uma maior integração fiscal na Europa, inclusive tornando permanente o fundo de recuperação da União Europeia (UE). A análise, contudo, entende que o foco será em um postura de "Alemanha em primeiro", isto é, uma política expansionista dentro do país com efeitos para o restante do bloco.

O banco lembra que a política alemã tem se mostrado "fluida", com intensas oscilações nas pesquisas eleitorais, o que não permite conclusões antecipadas sobre o resultado final. "Erros pessoais dos principais candidatos, bem como eventos inesperados, como as inundações recentes em partes da Alemanha, podem facilmente mudar o jogo nas próximas semanas", ressalta.

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