O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e sua equipe lutavam para impedir que uma série de deserções democratas se transformasse em um motim nesta quinta-feira, 11. O presidente planeja usar uma entrevista coletiva – que está programada para ocorrer na noite de hoje – para provar que é capaz de vencer as eleições em novembro.
Mais democratas romperam com o mandatário de 81 anos, após um debate e aparições públicas que não tranquilizaram os eleitores e colegas preocupados sobre a sua aptidão para a campanha presidencial ou um segundo mandato.
A deputada Hillary Scholten, de Michigan, que tenta reeleição, tornou-se o décimo membro da Câmara a dizer que Biden deveria renunciar. "Pelo bem da nossa democracia, ele deve passar a tocha a um novo candidato para as eleições de 2024", disse.
Outros democratas foram mais moderados. "Quero que ele faça o que acha que é melhor para ele e para o nosso país", disse a deputada Bonnie Watson Coleman, de Nova Jersey.
O deputado Colin Allred, candidato a uma vaga no Senado do Texas, disse que não daria uma entrevista sobre Biden.
"Estou com Biden, não importa qual seja sua decisão… estou com ele", disse o deputado Jim Clyburn, da Carolina do Sul, que ajudou a salvar a campanha de Biden em 2020.
Os principais assessores de campanha admitiram em um memorando de quinta-feira que o debate foi um "revés", mas disseram que as pesquisas internas e externas ainda mostram uma disputa acirrada nos principais estados-chave.
Na quarta-feira, 10, o senador Peter Welch, de Vermont, tornou-se o primeiro representante democrata no Senado a dizer publicamente que Biden deveria sair da disputa.
O ator George Clooney – que ajudou a organizar uma grande arrecadação de fundos para o presidente no mês passado – escreveu no New York Times que Biden deveria desistir da corrida para dar aos democratas uma chance de derrotar o republicano Donald Trump.