Em nota divulgada nesta quinta-feira (11), a Eletrobras declara que informações relacionadas à usina de Angra 3, mencionadas em delação premiada de executivos da Andrade Gutierrez, homologada em 2016, voltaram à tona hoje, mas que "não se tratam de fatos novos".
A empresa se refere a ações penais envolvendo grupos políticos por recebimento de propina, durante a retomada das obras da usina nuclear. O assunto foi tema de reportagem assinada por Paulo Roberto Netto no blog do jornalista Fausto Macedo, do jornal <b>O Estado de S. Paulo</b>.
"Desde que surgiram denúncias envolvendo o empreendimento, a Eletrobras realizou uma investigação independente, conduzida pelo escritório Hogan Lovells, e todos os atos potencialmente ilícitos referentes à Angra 3 identificados na investigação foram objeto das medidas administrativas e judiciais cabíveis", diz a empresa em comunicado. Entre as medidas estão a anulação de contratos e demissão dos dirigentes e colaboradores envolvidos, a revisão dos procedimentos de contratação e fiscalização, além da implementação de medidas adicionais de compliance.
A empresa diz que tem cooperado com as investigações, assim como a sua subsidiária Eletronuclear, e que monitora "as notícias decorrentes das investigações e delações premiadas, a fim de avaliar a necessidade de adoção de eventuais medidas remediadoras".